sábado, 15 de novembro de 2008

35 anos

Ontem fomos a um encontro com a turma da faculdade do meu marido. 35 anos de formado !!!
Ele chegou em casa, perguntou sobre qual roupa deveria ir, eu opinei, ele retrucou que achava que não deveria ir de calça social, deveria ir mais simples, eu concordei. Ele foi tomar banho e eu fui terminar de me trocar. Quando me julguei completamente pronta, linda de viver, perguntei para ele o que achava.
Respondeu que não havia gostado. Simples assim, direto assim.

- Oi (1)???? Porque não gostou ? Vestido novo, sandália de salto, maquiagem caprichada, cabelo preso ...
- Sei lá. Não gostei do vestido. Muito simples ...
- Oi (2)???? Como assim 'muito simples' ? Você não acabou de dizer que não iria de calça social ?
- Ah, sei lá! As mulheres vão mais arrumadas, né ?
- Oi (3) ???? Você tá falando que eu estou desarrumada ? Depois de toda essa produção ?
- Não, Ká. Deixa pra lá. Eu não entendo disso. Só achei o vestido muito simples... Mas, se você acha que está legal, vai assim mesmo...
- Oi (4) ???? De fato, estava me achando o máximo. Agora, estou me achando o mínimo...

Fui procurar consolo. Liguei para minha irmã. Contei tudo o que o meu marido falou. Ela quis falar com ele. Daí ele entendeu que deveria ter dito que eu estava linda, maravilhosa, fechando o trânsito. Mas, que talvez, eu ficaria mais super linda, mais super maravilhosa, se colocasse um vestido mais chique...

Bom, enquanto eles se falavam, eu me trocava. Desisti de ir com meu vestidinho preto, básico, novo. Pus um vestido com brilhinho e lá fomos nós. Meu marido encontrou os coleguinhas, ficou felizinho, eu já conhecia alguns, conversei um pouquinho. Dei um look nas (poucas) mulheres presentes. Meu vestidinho preto, simples, não ia fazer feio, não! Todas estavam básicas... Próxima vez, não pergunto a opinião dele. Homem não entende nada da alma feminina! E é tão simples...

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Só comigo

Só comigo. Estava eu, calmamente, esperando o trânsito dar uma brecha para eu poder sair da garagem do escritório do meu cliente. Lá em Diadema city. Uma rua super movimentada...Eu estava bem light, ouvindo uma musiquinha. Sem neuras. De repente, ouço um barulho. Demorei alguns segundos para perceber. O portão automático estava tentando fechar. Eu, pessoalmente, não ligo a mínima para quantas vezes esse portão tem que fazer esse movimento de abrir e fechar. Por mim, poderia ficar em um loop, quantas vezes quisesse. Só pediria que esse portão fizesse isso quando o meu carro não estivesse no meio. Tipo recheio de sanduiche, sabe ? Pois, é. Aconteceu. Comecei a buzinar feito doida e aí o portão retrocedeu. Desci do carro, fui ver o estrago (já está ficando meio constante). Desta vez, no entanto, foi na porta do motorista, mesmo. Daí apareceu o segurança, que, na hora do acontecido, estava conversando na esquina, ao invés de estar no seu posto. Enfim, dei ré para que um carro que estava chegando pudesse entrar na garagem. Só então (sou muito devagarzinha...) percebi o que tinha acontecido. O motorista desse carro apertou o controle remoto para abrir a garagem, sem, antes, olhar para ver se, por um acaso, não haveria algum carro, cuja motorista se chamasse Kátia, no meio do caminho. O portão recebeu o comando e, como já estava aberto, resolveu fechar. No meu carro.
Sabe aquele ditado de estar no lugar errado, na hora errada. Euzinha!

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Então é Natal

Então é Natal. E o que você fez ?
Sinto certa agonia. Tristeza, talvez ? Não sei. Tantas coisas que deveria ter feito e não fiz. Telefonemas que devia ter dado. Encontros não realizados. Essa é a sensação primeira que me vem. Depois, as de ordem prática. Presentes que tenho que comprar, correria em que todos vão ficar, trânsito que só vai piorar e 2008 que já se vai. Um misto de 'ter que se reunir porque é Natal' com o 'o porquê de não se reunir, já que não é Natal'...
Enquanto isso, as meninas na euforia de entrar em férias, ir para o interior, ganhar presentes...
E um poema que eu adoro, sempre gostei. Triste, mas bonito. Hoje, quando leio, lembro do meu pai. Antes, não.

Poema de Natal
Vinicius de Moraes


Para isso fomos feitos:
Para lembrar e ser lembrados
Para chorar e fazer chorar
Para enterrar os nossos mortos —
Por isso temos braços longos para os adeuses
Mãos para colher o que foi dado
Dedos para cavar a terra.
Assim será nossa vida:
Uma tarde sempre a esquecer
Uma estrela a se apagar na treva
Um caminho entre dois túmulos —
Por isso precisamos velar
Falar baixo, pisar leve, ver
A noite dormir em silêncio.
Não há muito o que dizer:
Uma canção sobre um berço
Um verso, talvez de amor
Uma prece por quem se vai —
Mas que essa hora não esqueça
E por ela os nossos corações
Se deixem, graves e simples.
Pois para isso fomos feitos:
Para a esperança no milagre
Para a participação da poesia
Para ver a face da morte —
De repente nunca mais esperaremos...
Hoje a noite é jovem; da morte, apenas
Nascemos, imensamente.

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Olho vermelho...



Na segunda, a Camila, começou a reclamar de dor de garganta. Na terça, ficou com febre. Ontem, já não tinha febre, mas amanheceu com o olho avermelhado e um pouco inchado. Fiz compressa e ela foi para a escola. Não havia coceira nem secreção. Hoje de manhã o olho continuava vermelho. Resolvi levar no pronto socorro. Diagnóstico: conjuntivite viral. Mais light. Melhor do que se fosse a bacteriana. Menos mal! Cinco dias sem ir à escola. O pediatra prescreveu um colírio para ser aplicado de 2 em 2 horas, de maneira a deixar o olho bem hidratado. Só. É aguardar agora.... Se não melhorar, ir ao oftalmo.

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Obama, boa sorte !


terça-feira, 4 de novembro de 2008

Nem aí

Ontem cortei o cabelo. Só as pontinhas. Queria algo mais radical, mas a cabeleireira achou melhor não. Foi educada, mas, resumindo quis dizer que se já é ruim neste comprimento, imagina mais curto... Como era a primeira vez que estava cortando com ela, achei melhor não insistir. Depois, fiz uma escova. Cabelos lisos e soltos ao vento. Ao buscar as meninas na escola, notaram o cabelo no ato. Já em casa... Até agora, nenhum comentário do marido. Zero. Mas, já estou acostumada. Antes, eu brigava, dizia que ele não ligava para mim, blá, blá... Atualmente, comporto-me como uma lady. Nada como a sabedoria adquirida ao longo dos anos !
UPDATE: O filho do meu marido, que mora conosco, me disse:
-Tem alguma festa hoje, Ká ?
-Festa? Não. Porque ?
-Você tá com o cabelo todo arrumado...
-Faz dois dias, já...
-Ah! Vai ver que você estava com o cabelo preso e eu não notei...
-Deixa pra lá. Sem comentários!
Genótipo ou Fenótipo ?

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Halloween


Hoje é Halloween. Alguns implicam com a comemoração dessa data aqui no Brasil. Eu acho que não tem nada a ver. É só mais uma brincadeira light entre as crianças. Elas gostam e se divertem. Que mal há nisso ? Algumas escolas, ao invés de comemorarem o Dia das Bruxas, comemoram o Dia do Folclore, para 'abrasileirar'. Acho interessante também. As meninas foram fantasiadas de bruxas para a escola e voltaram cheias de doces e brindezinhos. Adoraram. Mais tarde, elas e mais sete crianças do prédio foram de apartamento em apartamento para dizer : 'Doces ou Travessuras ?' Não precisa falar que vieram abarrotadas de guloseimas. Todas felizes. Na semana passada, elas e uma amiguinha do prédio redigiram um pequeno texto e colaram nos elevadores, lembrando aos moradores do dia de hoje. Funcionou! Lots of candies!

Braço Quebrado


Gente, o Mateus, meu afilhadinho, 5 anos, quebrou o braço ! Jogando futebol ! Seguindo o caminho do pai, meu irmão, que quebrou, luxou e se esturricou várias vezes na infância. Não se vai contra a genética, né ? E eu me sinto tão out, sem nunca ter quebrado nada...

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Cadê?

Outro dia, o maridão me disse que havia recebido um convite de casamento, de alguém do escritório.

-Que legal! Quem ?
-Então, estou tentando lembrar ...
-Mas, você não recebeu o convite hoje ?
-Recebi. Acho que foi hoje... Terá sido o João ? É isso. O filho do João!
-O filho ? Mas, ele já não é casado ?
-É ? Será da filha ? Ai, Ká, não sei. Deixa eu achar o convite.

Dias depois:

-Ká, achei o convite. É do filho do João mesmo. Viu, que eu não estou tão mal assim ?
-É. Quando vai ser ? Tem lista de presentes ?
-Dia 06/Dez...
-Tá. Traz o convite, então, para eu ver os outros detalhes...

Alguns dias depois, ele me aparece com um convite em casa. Envelope azul claro. Achei meio diferente. Abri. Devolvi.

- Esse convite é de um evento beneficiente. Pra semana passada.
- Sério ? Só achei esse aí. Vou procurar de novo.

Até hoje, ele não trouxe o convite. Não. Ele não esqueceu. Perdeu. O convite evaporou na sala dele. Agora, eu só sei que o filho do João vai casar no dia 06/Dez em alguma igreja da cidade de São Paulo. Ou não. Pode ser que o casamento seja realizado no próprio buffet, né ? Posso até comprar um presente, mesmo sem saber se há lista de presentes. Mas, mandar entregar aonde ? Não sei o endereço... Também não sei o horário. Se fosse lá na cidade do meu marido, bastava eu perguntar para qualquer morador, e eu teria todas as respostas. Já, aqui... Super saia justa. Sugeri que o meu marido tirasse xerox de algum convite de outro colega do trabalho. Não deixa de ser chato, né ? Mas é melhor do que pedir uma segunda via para o pai do noivo, concordam ?
Já meu marido, super prático, sugere que a gente não vá. Pronto. Resolvido o caso do convite desaparecido.
UPDATE: O que um post não faz ... Depois do maridão reclamar que eu fico contando as histórias (urru, ele leu o meu blog sem ser obrigado !!!!) dele por aqui, encontrou o convite, meio que por acaso, mas encontrou !

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

HSM3

Você tem filhos entre 8 e 15 anos ? Não ? Então esse post não é para você. Aposto que nunca ouviu falar do Troy, da Gabriella e da Sharpey. Pois é. São os astros do High School Musical, fenômeno da Disney. Hoje estreou o terceiro filme da série. Fui comprar os ingressos às 14 horas, sem as meninas, e quase não consegui. A sessão das 16 h estava praticamente lotada. Perguntei da próxima e a moça me disse que estava pior. Fiquei com a das 16 h, mesmo os lugares não sendo os melhores (neste cinema, o Kinoplex, podemos escolher as cadeiras, que são numeradas). Elas excitadíssimas, quase não aguentando esperar. Quando chegamos, cinema lotadéeeeesimo. Galera animadéeeeesima. Quando finalmente começou, aplausos e gritinhos. E o filme é bonitinho. Já havia assitido o 1 e o 2. Elas têm os DVDs, CDs, álbum de figurinhas, quebra-cabeça, jogo, etc. E esse achei melhor que o anterior. As meninas nem piscavam. Terminado o filme, mais aplausos. E elas me perguntaram se podiam assistir de novo... Falei que o papai iria com elas, então. Estão esperando. Já perguntaram do CD. E estão aguardando o lançamento do DVD (hello, tios e tias leitores!). Estão na fase. Acho engraçadinho. Ainda mais que elas permitem que eu vá com elas ao cinema. Mais um tempinho, sou carta fora do baralho... Melhor curtir com elas enquanto posso !

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

9 de Outubro

2005. Domingão ensolarado. Íamos a uma festa de aniversário no final da tarde. As meninas desceram para brincar um pouquinho. Dali a pouco, ouço o choro de uma delas. Pensei: 'Xi, caiu naquelas pedrinhas do chão.' Resolvi descer para ver quem havia ralado o joelho. Estava já na porta, toca o interfone. Eu atendi e já fui falando: 'Estou descendo'. Desliguei. Não cheguei a ouvir o que o porteiro tinha para dizer. No térreo, a Sabrina estava me esperando na porta do elevador:

-'Mãe, a Camila foi atropelada!!!!', ela me disse

Eu saí correndo. Ela estava na casa do zelador, sentada, bebendo água e chorando. Olhei para ela, não vi sangue, nada. Fiquei tão aliviada! Dei um abraço nela e passei a mão na perna dela:

-‘Cami, não foi nada. Foi só um susto’, eu falei

Aí, alguém me disse para olhar atrás da perna. Se fosse um filme, tinha entrado um comercial. Mas, infelizmente, era real. E com a minha filha. No nosso prédio.

Olhei e vi que era sério. Peguei-a no colo e subi para o apartamento:

-‘A Camila foi atropelada! Vamos para o hospital’, gritei para o meu marido, que assistia televisão.

Fomos correndo. Limparam os ferimentos, fizeram radiografia. Fratura na tíbia constatada, ficamos esperando pelo ortopedista. A Camila parecia mais calma. Eu, não.

Um aperto no coração. E eu ficava pensando o porquê de eu ter resolvido trocar a roupa que ela estava usando antes de descer. Talvez se eu tivesse deixado ela com a calça comprida, a meia e o tênis... Mas, estava muito quente e eu perguntei se ela queria pôr um shorts e uma sandália. Ela disse que sim. Coloquei um conjuntinho bonitinho, de saia e blusa, além da sandália. Talvez a calça e o tênis tivessem protegido a perna e o pé... Talvez, não... Nunca vou saber. Mas o remorso continua.

E se eu não tivesse deixado elas descerem ? Tínhamos um aniversário naquela tarde. Mas, eu deixei. E se ela não tivesse ido na casa da amiguinha ? Mas, ela foi. E se o carro não estivesse correndo acima do permitido ? Mas, estava.

Meus pensamentos são interrompidos pelo ortopedista. Ele disse que, como a perna tinha inchado muito, não daria para colocar o gesso. Iriam colocar uma tala e a Camila ficaria internada para acompanhamento. E ficamos. Por uma semana. Até o gesso poder ser colocado.

E a Camila surpreendeu. Sofreu muito. Porque, além da fratura, havia um ferimento grande, profundo (pensaram até que ia ser necessário enxerto...). E toda vez que tinha que limpar esse machucado, era uma tortura. Mas, ela, apesar de toda a dor, de todo o medo, foi uma guerreira. Aprendeu a lidar com a cadeira de rodas, a tomar banho de gato, a ir nas festinhas e não poder correr. Suportou a frustração de ter que adiar a retirada do gesso. Já sem ele, foi, inúmeras vezes, à praia, de biquini e meião, até o joelho, para proteger o ferimento, que não podia pegar sol para não manchar a pele. As pessoas olhavam, comentavam, chegavam a vir nos perguntar o motivo de tal 'vestimenta'. E ela, nem aí. Além de tudo isso, nunca demonstrou nenhum rancor em relação ao vizinho que a atroplelou.

No entanto, o trauma ficou (e não podia ser diferente), pois ela, lembra, todos os anos, da data do acidente. E hoje, faz três anos. E, se, em 2005, só havia lamentos, atualmente, só há agradecimentos. Porque há tantos 'ses': E se não tivesse sido a perna e sim a cabeça ou o peito ? E se fosse dia de semana e nós não estivéssemos em casa ? E se nós não tivéssemos como ir para um bom hospital ? E se nós não tivéssemos condições de pagar os honorários médicos ? E se nós não tivéssemos amigos ? E se não pudéssemos contar com a família ?

Por tudo isso, somos, hoje, só agradecimentos. Por termos uma filha tão especial, por termos tantos amigos, que sem nem percebermos como, já estavam do nosso lado, de termos uma família que sempre nos apóia e nos dá suporte ...







sábado, 20 de setembro de 2008

Sexta-feira típica

Ontem. Sexta-feira. Seis horas da tarde. Eu estava saindo da Imigrantes para pegar o acesso à Av. dos Bandeirantes. Tudo parado. Um super trânsito! Atrás do meu carro, um caminhão gigante. Do lado esquerdo, um carro e na frente, outro caminhão. Do lado direito, um espaço vazio. Não caberia nenhum outro carro ali. Estava distraída, ouvindo música, quando, do nada, surgem quatro adolescentes, do lado do passageiro. Gritando para que eu abrisse o carro. Um deles me mostrou uma arma. Pareceu ser de mentira. Decidi, acho que inconscientemente, não fazer nada. Parada eu estava, parada eu fiquei. Eles gritando do lado de fora e eu olhando. Não gritei, não chorei, não me mexi. Veio um para o meu lado do carro e tentou abrir a porta. Estava trancada. Começou a esmurrar o vidro. Nada aconteceu. Do lado do passageiro, começaram a chutar a lataria do carro. E socar, também. Algum carro buzinou. Saí do torpor em que me encontrava e buzinei também. Os vândalos sairam correndo. Os carros continuaram parados. Eu percebi que estava tremendo. Respirei fundo. Peguei o celular e liguei para o meu marido. Ele ficou assustado. Conversamos um pouco. Fiquei mais calma. Os carros começaram a andar. A alguns metros, um caminhão quebrado. Motivo provável do super trânsito. Mais uma sexta-feira típica paulistana. Ao olhar para o lado direito do carro, vê-se claramente onde eles esmurraram e chutaram. A lataria ficou amassada. Uma sexta-feira para esquecer. E se a arma fosse de verdade ? E se o meu vidro estivesse entreaberto ? E se as meninas estivessem comigo ? E se o vidro se quebrasse ? Melhor esquecer mesmo ...
UPDATE: Meu carro foi consertado. Pelo valor pago, meu marido me disse que teria sido melhor se eu tivesse aberto o vidro e entregado minha bolsa... Ia ficar mais barato... E ainda eu tenho que ouvir isso...

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

O Felipe nasceu !!

O Felipe, netinho do meu marido chegou !!! Com ele, já são três ! O que nos leva à conclusão de que tenho mais um neto-enteado ? Neto-postiço ? Neto-torto ? Dêem o nome que quiserem, só sei que sou uma vodrasta (das boazinhas !) enxuta, ok ?

Nasceu de parto normal, com 3,115 Kg e 48 cm. Ele e a mãe passam bem !

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Feliz aniversário, GabiGabi !

Hoje é o aniversário do Gabriel, meu sobrinho primogênito (existe isso ?). Quando ele nasceu, há 8 anos atrás, fiquei muito feliz. Só que, nessa época, meu irmão e minha cunhada moravam em uma cidade do interior de Minas Gerais, há cerca de 12 horas de São Paulo. Então, não fomos visitá-los. Mas, lembro de ter ficado bem emocionada. Enviei um Sedex para eles com alguns macacõezinhos, mamadeira, chupeta e, uma cuequinha (desculpa o mico, Gabigabi, mas, na época, não pude resistir...). Depois, eles vieram morar em SP e a gente passou a conviver de perto com esse menino tão meigo, super inteligente (primeiro da classe, tá?) e muito carinhoso. Um beijo, Gabriel. A gente se vê no próximo final de semana.

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Telefonemas

Semana passada. Toca o telefone:
-Alô, eu atendo
-Alô, respondem do outro lado da linha
-Oi ! Tudo bem ?, respondo, reconhecendo a voz do meu marido
-Oi, Ká. Tudo bem. Liguei para saber como você está !, ele me diz
Pára tudo ! Rufem os tambores !!! Ele nunca me liga no meio da tarde para saber como estou !!!
-Conta outra ! Não acredito ...
-Bom, o que acontece é que eu ia ligar para o Kimura e, sem querer, liguei para você ! Tudo começa com K, né ?
-Que bom que o cara não se chama Uemura, né ? Assim, a gente se fala um pouquinho...
Aí conversamos um pouco. E nos despedimos:
-Tchau. Até de noite. Um beijo!, eu disse
-Tchau. Um abraço !, ele disse
-Ei, como assim um abraço ? Sou eu, a Kátia, sua esposa. Não o Kimura !!!!
-Ai, Ká, desculpa !!!! Um beijo !!!!!
Bom, pelo menos eu sei que ele não se despede do Kimura com um beijo...

Ontem. Pedi para o maridão trocar de carro comigo, pois era rodízio do meu e eu tinha uma reunião às 8h da manhã. Ele, como sempre, concordou. Fofo. Eu ficaria com o carro dele e ele com o meu. Ambos estamos, atualmente, com o mesmo modelo de carro, só que em cores diferentes (bem diferentes!). Acordamos cedinho. Ele se despediu. Uns dez minutos depois, o telefone toca:
-Ká, esqueci. Tinha que ter vindo com o seu carro, né ?Acabei pegando o meu carro na garagem. Estou voltando!, maridão me disse
-Espera, aí. Mas, na garagem, estava o meu carro. Ou você trocou ontem à noite ?,eu respondi, sem entender nada
-Não, não troquei. Ah! Então esse é o seu carro ? Espera aí. É mesmo !! Nossa !! Como eu não percebi ? Então não preciso voltar ! Acho que eu estou ficando meio louco, né ?
-Sem comentários... Beijos!, respondi

domingo, 31 de agosto de 2008

Jantarzinho

Ontem, mais à noite, deixamos as meninas na casa da minha mãe e fomos jantar. Resolvemos achar um restaurante lá perto mesmo. Demos uma voltinha e paramos no Piccolo Bistrot. Não conhecíamos. Pequeno e aconchegante. Comida italiana. Comi um risoto de aspargos. Delícia. Não quis sobremesa, mas o maridão não resistiu. Tive que compartilhar... Apesar das muuuuitas calorias a mais. Valeu a pena. Chegamos em casa mais pesados, mas satisfeitos. Programinha gostoso. De vez em quando, é bom, né ?

sábado, 30 de agosto de 2008

Meninas

Fomos levar as meninas e uma amiguinha ao cinema. Compramos os ingressos, almoçamos e fomos dar uma voltinha pelo shopping, até dar a hora da sessão. As três andavam na frente e nós, uns passos atrás. Quem via, pensava que elas estavam sozinhas. E nada foi combinado. Só aconteceu. E aí eu fiquei pensando que, daqui a pouco, elas vão estar fazendo esses programinhas sem a gente mesmo. Sozinhas. Depois, mesmo sem querer, continuei pensando que, mais uns anos, e elas vão estar fazendo esses programinhas não com as amigas, mas com os namorados. O tempo passa muito depressa. Socorro !

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Laços de Família - Parte 2

Eu e meus irmãos sempre brincamos com o ‘ranking’ dos netos prediletos. Em abril, em um dia de semana, almocei com a minha vó, lá na casa dela, por causa do seu aniversário. Fui direto pro topo do ranking. Sem pit stop. Assim, como subi vertiginosamente, já devo estar meio no fim do ranking... Não basta subir, há de conseguir se manter no topo...No domingo, aproveitei para, também, encher a paciência da minha vó. -Então, vó, quem é o neto predileto ?
-Não tem preferido, não. Às vezes, tem um que telefona mais que o outro, né ?
-Viu, vó ? Sabia que tinha que ter um. Certamente, não sou eu...
-É. Você ia lá em casa sempre, quando morávamos perto. Depois, parou. Telefona pouco, também...


É verdade. Houve uma época, eu já adulta, em que meus avós moravam a uns quarteirões de casa. Ia visitá-los a pé. Depois mudaram para longe. Deixei de ir. Tenho carro, horários flexíveis. Só não tenho desculpas para não ir... De novo, faço um mea-culpa. Engraçado. Não lembro de ter passado fins de semana na casa da minha vó, quando criança. Só eu. Sem pai nem mãe. Não sei bem o porquê. Morávamos longe. Minha mãe trabalhava, minha vó também. Havia almoços aos domingos na casa dela. Todos os filhos e netos. Isso eu lembro. Mas, ficava nisso. Ela e o resto das mulheres adultas ficavam na cozinha, preparando o almoço. Nós, as crianças, ficávamos brincando pela casa. Brincávamos de trabalhar de escritório com as coisas do meu vó. Mexíamos nas bijuterias e nas roupas da minha vó... Minha tia inventava brincadeiras... Mas, não me lembro de haver muita interação vó-neta. Havia, também, os encontros em aniversários. Depois, mudamos para Recife e as comemorações eram feitas por telefone. Ou quando vinhamos de férias para São Paulo... Sei lá... Acho que, em algum momento, faltou a proximidade que vejo hoje entre as minhas filhas e a minha mãe. Não é falta de amor, não. Disso tenho certeza. Creio que há um pouco de falta de intimidade, talvez. Garçon, um pouco mais de análise, por favor !

terça-feira, 26 de agosto de 2008

Laços de Família - Parte 1

No domingo, teve churrasco na casa do meu irmão, há cerca de uma hora de São Paulo. Comemoração do seu aniversário. Minha vó, minha tia e meu tio também foram. Além, da minha mãe, minha irmã, marido e meninas. Parte da família reunida. Fazia tempão que não acontecia. Aproveitamos para dar uma revisitada no passado. Adoro !
-Tia, confessa aí, você sempre preferiu os outros sobrinhos (filhos da outra irmã do meu pai), né? ?
-Que absurdo ! Sempre cuidei tão bem de vocês ...
-Tia, não tem problema você admitir. Já somos adultos. Aguentamos o tranco. Depois, já passou mesmo.
-Mentira!
-Tia, você era mais próxima deles. A gente morou muito tempo em Recife. Faz sentido. No hard feelings..

-Não é verdade. Talvez com a sua irmã mais nova, tenha sido mais ausente. Mas, com você e seu irmão, não !!
-Tia, você saia com a minha prima nas baladinhas. Ela conhecia suas amigas. Vocês eram mais cúmplices...
-É. Talvez ... Mas, sempre estive presente na vida de vocês...
-Sim, tia. Não estou falando isso. Só estou dizendo que esteve mais com eles do que conosco...
E assim foi o revival do passado. Cabe, aqui, fazer um parênteses. De fato, eu e meu irmão sempre achamos isso. Que minha tia era mais chegada nos sobrinhos do lado de lá, com os quais, aliás, nos damos bem. Mas, eu, particularmente, tenho pouca afinidade. Não basta nascer parente. Tem que criar os laços. Houve falha da minha parte aí. Gosto de todos eles. Mas, afinidade, cumplicidade, não há. Eu não telefono para saber como estão. Nem para contar como foi meu final de semana. Não existe esse elo. Nem creio que existirá mais. Eles, por sua vez, também não o fazem. Então, ficamos nesse ciclo. Quando nos encontramos, rola uma conversinha, risadas, etc. Mas, fica no encontro. Não evolui. Portanto, não sei avaliar se o problema foi ter morado fora de São Paulo, dos 8 aos 14 anos. Fase crítica. Pode ser. Mas, há a possibilidade, também, de isso não ter feito diferença nenhuma. Seria desse jeito de qualquer maneira. Who knows ? Estilos diferentes de vida. Eu sempre muito quieta. Avessa a badalações. Beirando a nerd. Minha prima, somente dois anos mais velha, muuuito mais baladeira do que eu, mais solta na vida, mais expansiva. Sei lá. E há de se dizer que eu sempre fui muito crica, meio antisocial, pedante, talvez. Mil coisas. Só fazendo análise. E olhe lá! Coitado do analista! O fato é que, ao nos reunirmos, tudo corre bem. Então, bola para frente. Sem crises!

36 anos, brother!

Domingo, foi aniversário do meu irmão. 36 !!! Ele é o predileto da minha mãe. Já cuidei muito dele, também. Lembro que a gente ia para a escola a pé, uns 8 quarteirões. Sempre atravessava a rua de mãos dadas com ele. Depois de um tempo, ficou meio que mico. Para ele. Mas, continuava segurando na minha mão. Obedecia. No recreio, às vezes, a gente se encontrava. Apartei briga dele com vizinho no prédio. Ouvi inúmeras histórias sobre as incontáveis coleções que ele inventava de ter: chaveiro, selo, moeda, etc. Cada nova peça adquirida, tinha uma explicação... Haja paciência... Sem contar aquela vez que cheguei em casa e não havia ninguém. Achei estranho. Minutos depois, a vizinha toca a campainha:

-Oi, Kátia. Seus pais foram para o hospital com o seu irmão. Está tudo bem.
-Como assim ? O que aconteceu ?
-Parece que ele engoliu uma agulha ...
-Ahn ? Você quis dizer que a minha irmã engoliu uma agulha, né ? Ela vive pondo coisa na boca. Criança é fogo...
-Não, não. Sua irmã está lá em casa. Sua mãe não quis levá-la para o hospital. Foi seu irmão. Ele estava brincando com uma seringa. Parece que pôs na boca e ...

Até hoje, essa história parece inventada... Por pouco, não teve o pulmão perfurado... Na divisão dos deditos (biscoito coberto de chocolate), que a gente amava, eu sempre dava um jeito de ficar com uns a mais. Confesso. Ele era bobinho... Ovo de páscoa, também. Cada um guardava o seu na geladeira. Vira e mexe eu pegava um pedaço do dele. Irmã mais velha. Tem que servir para alguma coisa, né ? Ele ficava louco quando eu mandava ele dormir na cama, caso eu percebesse que ele estava cochilando no sofá. Dizia que estava pensando... Eu adorava irritá-lo. Fazer ele quase chegar às lagrimas. Aí eu dizia que ele não precisava chorar. E ele gritava, bem alto, que não estava chorando... E as lágrimas escorrendo ...Tempos bons... Depois ele cresceu, e eu não conseguia mais enganá-lo... Ficou mais alto e mais forte. Dancei!

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Hoje é o show...

Estou bem. Um pouco deprimida, mas nada muito grave. Hoje e amanhã tem show do Caetano e Roberto Carlos lá no Rio. E, na segunda e terça, aqui em SP. Não consegui comprar os ingressos... Meu marido disse que ficou muuuito triste por isso (não me pareceu muito sincero, não...) E sugeriu que nós fôssemos para o Ginásio do Ibirapuera, local do show aqui em SP, na segunda. Assim, mesmo sem ingresso, eu poderia sentir o clima, ver as pessoas felizes indo para o show e, quem sabe, com um pouco de sorte, até ouvir alguma coisa, do lado de fora do Ginásio ? Fiquei mais deprimida ainda. Se a idéia era me animar, não funcionou, não. Só para constar que, apesar da minha imensa e profunda tristeza por não conseguir ir, desejo a todos aqueles que forem, um ótimo show. Sinto uma invejinha, sim. Mas, inveja branca, tá ? Não, não quero que falte luz, nem que os cantores fiquem afônicos, nem que o show seja desmarcado, nem que cancelem todos os ingressos vendidos, nem que ponham novos ingressos à venda. Nada disso. Só quero um grande espetáculo e que o DVD fique sensacional. Porque, pelo menos, o DVD eu hei de conseguir comprar, né ?

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Usuários

Gente, desculpem... Ando meio sumida, né ? Mas, essa semana está meio conturbada. Parece que os sisteminhas resolveram, todos, de uma só vez, entrar em greve. Também, com cada usuário existente, se eu fosse um sistema, também me negaria a passar informações... Ontem, me ligou uma 'clienta'. Nova. Estou meio que fazendo um favor para um amigo, que me indicou para essa empresa. Uma ONG. Imaginou meu valor-hora ? Pois, é. Divide por 4. Então, nessa ONG tem um sisteminha, desenvolvido há zil anos atrás, por um funcionário deles. Que, recentemente, pediu demissão. Então, fui chamada para fazer algumas alterações e ficar de stand by, já que o sisteminha é meio instável. Ontem, eu estava super atarefada, tentando terminar um sistema, imprimir convitinhos da minha amiiiigaaa, apaziguar briga das meninas, decidir qual seria o almoço do dia, atender uns três telefonemas para saber do meu interesse em abrir conta em bancos diferentes, dizer não para telefonemas pedindo donativos. Enfim... Estava nesse clima, quando minha 'clienta' liga:

-'Oi, Kátia. Tudo bem ? Então, deu Run time error .XYZ...', ela me disse
-'Ahn ? Oi. Vou bem. O que aconteceu ? Falha no servidor ? Caiu a energia ?', perguntei, meio querendo gritar
-'Não aconteceu nada. Estava usando o sistema e, de repente, deu essa mensagem. Agora, não entra mais...', explicou
-'Tá... Mais tarde, vou dar uma olhada. Agora, está meio complicado. Eu te ligo.', eu tentando despachá-la
-'Ok. Eu aguardo.', resignada

Uma hora depois:

-'Oi, Kátia. Sou eu de novo. Não resolveu ainda, né?', perguntou
-'Não. Estou em outra empresa. Não vou conseguir mexer nisso agora.', expliquei
-'Nossa, mas estou sem poder usar o sistema. Tenho tanta coisa para fazer...', chateada
-'Olha. Sei da sua dificuldade. ', comecei calmamente,'Existem duas alternativas. Uma é restaurar o backup do dia anterior ao erro. Só que todas as alterações que você tiver feito ontem vão ser perdidas. E a outra alternativa é você aguardar até amanhã de manhã, quando, possivelmente, terei corrigido o problema. O que você prefere ?', perguntei
- 'Olha, já são quase três horas da tarde. Tenho médico às quatro... Então, veja o que você consegue fazer até amanhã de manhã. Eu aguardo. Sem problemas.', ela respondeu

Genteeem ! Se ela podia aguardar, sem problemas, porque me ligou duas vezes ???!!! Em seguida ???!!! Usuários... Melhor não tê-los. Mas, se não os temos ? Como fazê-lo ?
Bom, às 10 da noite acessei remotamente (viva a tecnologia !) os computadores deles e, aparentemente, resolvi o problema. Enviei um email para ela:

De: Kátia
Enviada em: terça-feira, 19 de agosto de 2008 23:31
Para: XXXXXXXXXXX
Assunto: Problemas Sistema

Oi,
Acho que resolvi o problema. Dá uma conferida, por favor.
Obrigada,
Kátia


Ela me respondeu:

De: XXXXXXXXXXXXX
Enviada em: quarta-feira, 20 de agosto de 2008 09:38
Para: Kátia
Assunto: Problemas Sistema

Grande Kátia.
Obrigada pelo presente de aniversário.
Beijssssssss

Fácil contentar usuário, né?

domingo, 17 de agosto de 2008

Gastando a vista

Ontem, as meninas foram ao aniversário de uma amiguinha da escola. Foi em um boliche, no Morumbi. Eu e o marido, resolvemos, então, ao invés de voltar para casa, ficar fazendo hora em um shopping, na mesma rua. Primeiro, tentamos ver se conseguiríamos pegar um cineminha. Negativo. Nenhum filme nos interessou. Fomos almoçar, então. Depois, ficamos vendo vitrines. Muitos objetos de desejo (para mim): uma bolsa de R$ 700,00 (linda!), uma sapatilha de R$ 128,00 (fofa!), uma sandália de R$ 174,o0 (moderna!), um casaco de couro, em liquidação, por R$ 998,00 (eterno!)... Bom, sem fundos para gastar à vista, gastamos só a vista mesmo ... Por fim, compramos um presente para minha amiiigaaa que faz 40 na segunda. Nesta loja, saí no lucro: maridinho fez questão de me dar de presente umas pecinhas. Adorei !

Garoto esperto

Hoje é o aniversário do meu afilhadinho. 5 anos. Acho que, por definição, filho do meio tem que ser esperto. E isso o Mateus, sem dúvida, é. Ele tem aquele jeitinho de que vai ser o mais bagunceiro da classe, mas o mais adorado pelas meninas e pelos professores. Percebe o estilo ? Essa é a minha impressão... Não tem nada de tímido e é super carinhoso. Mateus, beijos ! Fim de semana que vem a gente está aí... Hoje você pode tudo, tá ? Só hoje...

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Vó em férias

Minha mãe está de férias ! Não, você não leu errado. Minha mãe tirou férias, sem ser as coletivas da empresa. Milagre ! Estava cansada e, do nada, pediu uma semana. As meninas adoraram. Nunca tiveram a avó por perto em época de aula. Quando souberam da novidade já ligaram e marcaram de dormir por lá e da avó almoçar com elas em casa. Em dia de semana ! Uau ! Ontem, coincidentemente, não iria conseguir pegar as meninas na escola, pois ficaria até tarde lá no meu cliente em Diadema city. Em épocas normais, tenho que fazer uma ginástica para me arranjar. Com minha mãe livre, leve e solta, tudo flui melhor, né ? Consequência: minha mãe foi buscá-las na escola. E elas acharam o máximo.

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Bossa Nova - Tentando comprar ingressos ....

Deu no Uol:
14/08/2008 - 10h04
Sites de vendas de ingressos para shows de João Gilberto e Roberto Carlos e Caetano apresentam instabilidade
Da Redação*
O site www.ticketmaster.com.br, que vende a partir das 10h os ingressos para os shows de Roberto Carlos e Caetano Veloso em São Paulo, apresenta instabilidade logo no início da operação. Ao tentar acessar a página principal, em alguns momentos retorna a mensagem "service unavailable".Quando a página principal do site pode ser visualizada, ao clicar no link correspondente ao show, a mensagem de erro volta a aparecer.O número de telefone disponível para a compra das entradas está ocupado desde pelo menos às 9h50. Internet e telefone são as únicas formas de adquirir os ingressos para os shows.Os cantores se apresentam na cidade nos dias 25 e 26 de agosto, no Autirório Ibirapuera em homenagem aos 50 anos da bossa nova.
Estou tentando há um tempo, mas está difícil. Só aqui mesmo. Disponibilizam um único lugar para venda e não aumentam a capacidade do sistema... Francamente ! Marido, você tem alguma coisa a ver com isso ?

UPDATE:
Esgotados os ingressos para Caetano Veloso e Roberto Carlos em São Paulo
14/08 - 11:37 Redação iG Música
Estão esgotados os ingressos para as apresentações de Roberto Carlos e Caetano Veloso em São Paulo. As entradas começaram a ser vendidas às 10 horas da manhã desta quinta-feira e, de acordo com o site que realizava as vendas, já acabaram.
Os shows acontecerão no Auditório Ibirapuera, nos dias 25 e 26 de agosto. A dupla também se apresentará no Rio de Janeiro, no Teatro Municipal, dia 24 de agosto. Os ingressos para esta performance também estão esgotados.
As apresentações reunirão Roberto e Caetano pela primeira vez e fazem parte das comemorações de 50 anos da Bossa Nova. Nos shows, os dois vão interpretar canções de Tom Jobim.

E eu, obviamente, não consegui comprar. Depressão ...

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Grande Mãe pode ?

Outro dia fui para um cliente de manhã cedo. Deixei as meninas dormindo. Eram umas 10 horas da manhã, o MSN me avisou: 'Sabrina acabou de entrar...' Ops! As meninas, que têm 9 anos, usando o computador, sem eu estar em casa, hein ? Daí, comecei a conversar com ela. Saber a que horas havia acordado, se tinha tomado o café da manhã direitinho e se estava conversando com mais alguém no MSN. Não, não estava. Quis saber, também, até que horas ela iria ficar no computador. A conversa toda rolando via teclado, mas podia vê-las pela webcam e vice-versa. Mandei beijinhos e voltei ao trabalho. Na hora combinada, o MSN me avisa: 'Camila acabou de entrar...' Fiz as mesmas perguntas, quis saber o que ela estava jogando, etc. Vi até quando a moça que trabalha em casa entrou no quarto delas para guardar algumas roupas. Como eu já desconfiava, na minha ausência, ela não faz corpo mole, não. Continua nos afazeres dela normalmente... Meia hora depois, a Camila já não estava mais online. De acordo com as regras. Meia hora para cada uma pela manhã. E o mesmo período à noite, depois de terminarem as lições. E viva a tecnologia, né? Enquanto elas não descobrirem que dá para continuar online, mas invisível no MSN, ainda tenho um pouquinho de controle. Depois... Lembrei, agora, de '1984', do George Orwell. Mas, lá, era o Estado, o Grande Irmão, que vigiava os cidadãos. Aqui, é só uma pobre mãe... Acho que pode, né ?

terça-feira, 12 de agosto de 2008

Olha o bloqueio !

Sintam o drama. Hoje, sete e pouco da noite. Estava chegando em casa com as meninas, após ter ido buscá-las na escola. Enquanto abria a porta, dava para ouvir o telefone de casa tocando. Corri para atender. Era meu irmão:
-'Oi, Ká. Tudo bem ?', perguntou
-'Oi. Tudo bom. E vocês ?', respondi
-'Então, aconteceu alguma coisa ?', perguntou
-'Ahn ? Como assim ?', sem entender nada
-'Não. Queria saber se você está com algum problema ?'
- 'Como ???!', respondi já pensando no que poderia ter acontecido e que eu não estava sabendo
-'Ué, você não escreve mais no blog... Achei que tinha alguma coisa errada', argumentou
Neste ponto, fiz o que me cabia fazer. Achei engraçado. E ri.
-'Escrevi uns três posts hoje!!! Não tá de bom tamanho ?', perguntei
-'Três ? Só vi um ...', ele respondeu
-'Bom, se você não mantém atualizada a sua leitura do blog, não vem reclamar, né ?', contra-ataquei
-'Tem certeza ?', ele duvidando
-'Absoluta. Pode checar ...', afirmei
Então, agora isso. Ser cobrada por posts!!! Socorro ! Vai me dar um branco ! Um bloqueio !

40 anos

Já não sou mais criança. Também não me enquadro como adolescente. Moça, também, não. Jovem senhora ? Pode ser, né ? Porque não sou da terceira idade. Disso eu tenho certeza. Então estou aí no meio de campo. Estou em um momento que adoro quando me chamam de você, ao invés de senhora. Ou quando falam que eu não aparento a idade que tenho (já falaram sim, tá?). Gosto quando perguntam se pretendo ter mais filhos. Acho interessante quando se surpreendem com os anos de casada que já acumulo. No entanto, não tento disfarçar os meus 40 anos, adquiridos em janeiro. Nunca fiz plástica. As minhas olheiras continuam aqui. E as rugas já se estabeleceram. Os cabelos brancos deixaram de ser um aqui, outro acolá. Já existem aos montes. No entanto, continuo me sentindo jovem. Como se a idade não casasse com o meu espírito. Penso ter uns 30, com a experiência dos 40. E vivo bem, assim. Algumas coisas são mais difíceis, mesmo. Perder ou manter o peso. Enxergar as letrinhas pequenas (já comecei a ter uma certa dificuldade). A pele já meio caidinha. Os hormônios querendo entrar em ebulição. Outras, mais fáceis: menos afobação, mais clareza, mais maturidade mesmo. Além disso, aprendi a valorizar os pontos fortes e dar uma disfarçadinha naqueles piores. E isso tudo é tão bom ! Como disse Gonzaguinha, em uma música:

Eu apenas queria dizer a todo mundo que me gosta
Que hoje eu me gosto muito mais
Porque me entendo muito mais também

Então, aquele papo de depressão, de ser trocada por duas de 20, de não usar determinados tipos de roupa, não existe não. Eu me garanto !

Bossa Nova

O encontro de Roberto Carlos e Caetano Veloso para interpretar o repertório de Tom Jobim comemora os 50 anos da bossa nova.
CAETANO VELOSO E ROBERTO CARLOS EM SP
Quando: 25 e 26/08, segunda e terça-feira, às 21h
Onde: Auditório Ibirapuera (av. Pedro Alvares Cabral, s/n Portão 03)
Quanto: R$ 30 (setor Superior fileiras de M a P) e R$ 360 (platéia)
Vendas:
www.ticketmaster.com.br

A-d-o-r-o Caetano. Em homenagem a Tom Jobim, então, deve ser imperdível. Vou tentar ir. No Rio, os ingressos começaram a ser vendidos hoje às 10h e às 13h já estavam esgotados... Aqui os ingressos começam a ser vendidos na quinta-feira, só pela internet ou por telefone. Maridão diz que não gosta muito (embora eu ache que ele só não quer admitir), mas, se eu conseguir comprar, ele vai. Só para me fazer companhia. Fofo, né? Alguém mais se habilita ?

Boatos

Aos leitores que têm me mandado emails, perguntando se é verdade o boato de que eu não tenho marido, que todos os posts relacionados não passariam de ficção. Gostaria de esclarecer que, sim, sou casada, há mais de dezesseis anos. Meu marido existe sim. Embora, nunca dê as caras aqui neste me blog. Digamos que ele é um ghost-reader deste meu espaço. Uma vez por semana, pelo menos, eu o obrigo a ler  ele faz questão de ler os posts. Já está de bom tamanho. Quanto a deixar comentários, eu gostaria que ele os fizesse, mas, como estou me esforçando para não ser pedinte-de-leitores-comentaristas, não peço, né ? Quem sabe, um dia, de livre e espontânea vontade ?

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Tic-Tac

Pausa no trabalho. Estou desconcentrada!

Muitos presentes ontem ? Meu marido recebeu sim. Também, com tantos filhos... Além da esteira, que está a caminho (socorro!), ganhou vários presentes. Dentre eles, um despertador. Super fofo. Desses tipo revival, sabe ? Modelo antigo repaginado. Só que tem um problema. O relógio faz tic-tac-tic-tac-tic-tac... Não estou aguentando... Sabe quando a torneira pinga ? Aquele barulhinho constante, chato ? Pois, é. Esse relógio também. E está no nosso quarto, onde trabalho no laptop. Já procurei um botão desliga-barulhinho. Não tem. A única alternativa é retirar a pilha. Provavelmente, meu marido nem notaria... Mas, estou em um dilema. Além de ser um presente, ocorre que não é meu. Como fazer para não magoar as partes ? Presenteador e presenteado ? Será que um post resolve ? Talvez um post com o barulhinho tic-tac... Estou aceitando sugestões... Meanwhile, transferi o tic-tac para a sala.

domingo, 10 de agosto de 2008

Overbooking

Agendei para terminar a instalação de um sistema para amanhã, às 8:30h, lá em Diadema. Tudo estaria perfeito, não fosse o fato de eu esquecer que as aulas de inglês das meninas recomeçam amanhã, também. Às 9:40h. Quer dizer, não vou conseguir estar nos dois lugares ao mesmo tempo. Aí, perguntei pro maridão se ele, por um feliz acaso do destino, não poderia levar as meninas para mim. Não, ele não pode. Também tem reunião. Agora estou eu aqui a pensar: falto no cliente, as crianças faltam no inglês ou eu me teletransporto de um lugar para o outro ? Eu não queria que elas faltassem, porque é o primeiro dia e porque fazem duas aulas em um único dia. Vão ter aula de novo somente na próxima segunda-feira. Por outro lado, não posso tentar sensibilizar meu cliente com os meus problemas administrativos do lar e faltar ao compromisso assumido. Quanto a me teletransportar, creio que ainda vá demorar um pouco para isso se realizar, então... Continuo no mesmo ponto de onde comecei esse post: sem saber o que fazer. Mas, uma pergunta não quer calar: Como pude esquecer ? Será a idade ? Muitos afazeres ? Desleixo ? Apenas sei que a constatação desse overbooking só me veio agora, no final do dia... Outra idéia: agendar um táxi e pedir para a empregada levá-las no inglês. Creio que é o que vai acabar acontecendo. Mais uma culpa para o meu curriculum... Aliás, culpa é um sentimento inerente à maternidade. No parto, além do bebê, nasce a culpa, também. E que vai ser eterna companheira de nós, mães. Todos os dias, lado a lado. O bebê engordou pouco no mês ? Só pode ser culpa desse meu leite fraco... Está com brotoejas, assado ? Também, não devo ter passado o creminho antiassadura direito... Pegou um resfriado ? Sabia que eu tinha que ter agasalhado ele melhor... Tá com dor de garganta ? Porque fui deixá-lo tomar refri gelado ? Dor de barriga ? Foi aquele chocolate que eu liberei no almoço ... Anêmico ? Devia ter insistido com as verduras ... E por aí vai. Até hoje, passados quase três anos, ainda me culpo pelo acidente da Camila...
Mas, como disse Vinícius, no Poema Enjoadinho:

Filhos...Filhos?
Melhor não tê-los!
Mas se não os temos
Como sabê-lo?
Se não os temos
Que de consulta
Quanto silêncio
Como o queremos!
Banho de mar
Diz que é um porrete...
Cônjuge voa
Transpõe o espaço
Engole água
Fica salgada
Se iodifica
Depois, que boa
Que morenaço
Que a esposa fica!
Resultado: filho.
E então começa
A aporrinhação:
Cocô está branco
Cocô está preto
Bebe amoníaco
Comeu botão.
Filho? Filhos
Melhor não tê-los
Noites de insônia
Cãs prematuras
Prantos convulsos
Meu Deus, salvai-o!
Filhos são o demo
Melhor não tê-los...
Mas se não os temos
Como sabê-los?
Como saber
Que macieza
Nos seus cabelos
Que cheiro morno
Na sua carne
Que gosto doce
Na sua boca!
Chupam gilete
Bebem xampu
Ateiam fogo
No quarteirão
Porém, que coisa
Que coisa louca
Que coisa linda
Que os filhos são!

UPDATE: As meninas foram de táxi, mesmo. Sem traumas.

Poeminha do Dia dos Pais

Papai

Camila, Sabrina e Kátia
(08/Ago/1999)

Nesse nosso 1º Dia dos Pais
Gostaríamos de dizer
Que achamos você
Demais!

É bem verdade que você
É um pouco atrapalhado
Mas a gente
Até acha engraçado

Sabemos que as madrugadas
Têm sido difíceis para você
Porque a gente só quer
Ficar acordada

Mas, papai,
Pode ficar sossegado
Que isso logo, logo
Vai fazer parte do passado

A gente só não gosta
De ver que você anda muito preocupado
Nós preferimos:
Quando você cuida da gente,
Contrabandeando funchicória,
Sem a mamãe perceber
Quando você limpa
As nossas dobrinhas, bem direitinho
Para não arder
Você canta musiquinha
Daquelas bem alegrinhas
Pra gente aprender
Papai
Nós amamos muito você

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

No Zôo Safári

Para saber mais: clica aqui

Desaniversário

Resolvi me aventurar nesses terrenos blogueiros não sei bem o porquê. Surgiu uma vontade, fui maturando a idéia e pronto, foi. E hoje já faz um mês. Ao reler os posts, vejo alguns bem escritos, outros nem tanto e uma porção descartáveis. No entanto, por ser leiga e não ter pretensões nenhuma de me tornar escritora ou blogueira profissional, tenho gostado da experiência. Às vezes, escrevo sobre um acontecimento qualquer do dia-a-dia, outras vezes de lembranças que me vão chegando. Sem prazos de entrega. Sem pressões. Gosto muito quando deixam um comentário. Sei que são meus amigos, minha família. Mas, o simples fato de virem até aqui, gastarem uns minutos, lerem e escreverem, faz com que eu me sinta querida. E não é carência. É só uma sensação gostosa. No começo, eu bem que pressionei para que aparecessem por aqui, mas, agora, tenho andado mais light. Penso, portanto, que eles têm vindo por vontade própria, o que não poderia ser melhor, certo ? Então, neste primeiro desaniversário blogueiro, quero parabenizar aos meus fieis leitores que, apesar dos altos e baixos das postagens, continuam prestigiando este espaço. Obrigada. Beijos.

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Post prolixo

"Neste sentido, o novo modelo estrutural aqui preconizado obstaculiza a apreciação da importância dos conhecimentos estratégicos para atingir a excelência. Todavia, a necessidade de renovação processual acarreta um processo de reformulação e modernização de alternativas às soluções ortodoxas. Do mesmo modo, a constante divulgação das informações aponta para a melhoria dos níveis de motivação departamental. Percebemos, cada vez mais, que o fenômeno da Internet assume importantes posições no estabelecimento do orçamento setorial. Pensando mais a longo prazo, a percepção das dificuldades facilita a criação das formas de ação. A prática cotidiana prova que a valorização de fatores subjetivos estimula a padronização do sistema de participação geral. É importante questionar o quanto a hegemonia do ambiente político cumpre um papel essencial na formulação do fluxo de informações. Assim mesmo, a determinação clara de objetivos estende o alcance e a importância do levantamento das variáveis envolvidas.
Caros amigos, a execução dos pontos do programa exige a precisão e a definição dos métodos utilizados na avaliação de resultados. A nível organizacional, o início da atividade geral de formação de atitudes deve passar por modificações independentemente dos relacionamentos verticais entre as hierarquias. Ainda assim, existem dúvidas a respeito de como o desafiador cenário globalizado talvez venha a ressaltar a relatividade das condições financeiras e administrativas exigidas. Por outro lado, a crescente influência da mídia pode nos levar a considerar a reestruturação dos paradigmas corporativos. Por conseguinte, o aumento do diálogo entre os diferentes setores produtivos não pode mais se dissociar do processo de comunicação como um todo.
Todas estas questões, devidamente ponderadas, levantam dúvidas sobre se a adoção de políticas descentralizadoras promove a alavancagem dos índices pretendidos. Não obstante, a mobilidade dos capitais internacionais afeta positivamente a correta previsão das condições inegavelmente apropriadas. Evidentemente, o entendimento das metas propostas agrega valor ao estabelecimento das novas proposições. Podemos já vislumbrar o modo pelo qual a consulta aos diversos militantes oferece uma interessante oportunidade para verificação das diretrizes de desenvolvimento para o futuro. O cuidado em identificar pontos críticos no consenso sobre a necessidade de qualificação apresenta tendências no sentido de aprovar a manutenção das diversas correntes de pensamento. Desta maneira, a revolução dos costumes prepara-nos para enfrentar situações atípicas decorrentes da gestão inovadora da qual fazemos parte. As experiências acumuladas demonstram que o desenvolvimento contínuo de distintas formas de atuação causa impacto indireto na reavaliação do sistema de formação de quadros que corresponde às necessidades.
Acima de tudo, é fundamental ressaltar que o surgimento do comércio virtual ainda não demonstrou convincentemente que vai participar na mudança dos procedimentos normalmente adotados. O empenho em analisar a expansão dos mercados mundiais auxilia a preparação e a composição do retorno esperado a longo prazo. O incentivo ao avanço tecnológico, assim como o julgamento imparcial das eventualidades garante a contribuição de um grupo importante na determinação do investimento em reciclagem técnica. É claro que o acompanhamento das preferências de consumo é uma das consequências dos modos de operação convencionais.
O que temos que ter sempre em mente é que a contínua expansão de nossa atividade possibilita uma melhor visão global das posturas dos órgãos dirigentes com relação às suas atribuições."


Leu tudo ? Duvido !!! Se você estiver precisando dar uma enrolada em teses, discursos, relatórios, etc, é só clicar neste link:gerador de lero-lero ! Não resisti ! Muito bom !

Para o meu pai

Pai, eu sempre te dava livros de presente, né ? Era mais fácil de acertar. Também te dei camisa, pijama, caneta... Mas, eu acho que o que você mais gostava era de livro mesmo. Então, eu já nem tinha mais o que decidir. Ano após ano, eu ia na livraria e resolvia. Prático. Ultimamente, não tenho que te dar mais nada, não...
A gente sempre conversava sobre os livros lidos, né? Lembra quando eu pegava livro emprestado e você sempre ficava me perguntando quando que eu ia devolver ? Ciumento... Mas, olha, eu continuo lendo, viu ? Não tanto quanto eu gostaria, mas estou sempre tentando. O último que eu li foi 'O Escafandro e a Borboleta', de Jean-Dominique Bauby. Fizeram um filme, também. Ainda não assisti. Pai, imagina, o cara é redator-chefe de uma revista francesa famosa. Super in. De repente, tem um AVC e fica em coma. Quando retorna, ele não consegue fazer nada: comer, falar, mexer. Nada. Seu único contato com o mundo é através do olho esquerdo. História verídica ! Com esse olho ele dita, quer dizer, ele pisca, todo o livro! Uma vez para dizer sim, duas vezes para dizer não, às letras do alfabeto que lhe são apresentadas. Vale a pena a leitura. Também terminei de ler, para as meninas, em paralelo, 'O Menino no Espelho', do Sabino. Elas adoraram! Falando nisso, lembrei de um outro livro, 'O Menino de Pijama Listrado', de John Boyne. Comprei para ler para as meninas, porque a história é contada por um menino. Mas, não deu para continuar. É sobre a infância dele, na época do nazismo. O pai era um alto oficial e eles moravam em uma casa em frente a um campo de concentração. Achei muito forte para elas. Reclamaram da interrupção da leitura. Mas, realmente não dava. Li até o final, só para mim mesma. E conforme as últimas páginas iam chegando, eu ficava querendo que o que eu achava que iria acontecer não acontecesse. Só lendo mesmo. Triste, mas bonito. Ah! Teve também o bestseller 'O Caçador de Pipas', de Khaled Hosseini. Outro livro bonito e triste. Fizeram um filme. Mas, eu não quero assistir, não. Prefiro ficar só no livro mesmo. Lembrei ainda do 'A Menina que Roubava Livros', de Markus Zusak. Esse é escrito de forma diferente. O narrador é A Morte. Difícil se acostumar, no começo, mas, passado esse estranhamento inicial, a leitura flui. Também na época do nazismo. Cativante. Teve, ainda, 'A Elegância do Ouriço'. Já falei dele aqui. E tem tantos outros que eu ainda quero ler... Devo isso a você, não ? Saudades, pai.

Para ler ouvindo...



A Linha e o Linho - Gilberto Gil

É a sua vida que eu quero bordar na minha
Como se eu fosse o pano e você fosse a linha
E a agulha do real nas mãos da fantasia
Fosse bordando, ponto a ponto, nosso dia-a-dia

E fosse aparecendo aos poucos nosso amor
Os nossos sentimentos loucos, nosso amor
O ziguezague do tormento, as cores da alegria
A curva generosa da compreensão
Formando a pétala da rosa da paixão

A sua vida, o meu caminho, nosso amor
Você a linha, e eu o linho, nosso amor
Nossa colcha de cama, nossa toalha de mesa
Reproduzidos no bordado a casa, a estrada, a correnteza
O sol, a ave, a árvore, o ninho da beleza

Presente do Dia dos Pais

Dia dos Pais. Próximo domingo. E aí ? Já escolheu o presente ? Meu marido me deu a entender, diretamente, que quer ganhar uma esteira elétrica. Eu lembrei a ele que nós já temos uma. Está encostada, lá na varanda. Tomando chuva, provavelmente. Mas, ele retrucou que a que temos é velha e barulhenta. Quer uma novinha, silenciosa e que possa usar, enquanto assiste à TV. Sem que ninguém note a geringonça em funcionamento. E sem que ninguém reclame (no caso, uma indireta direta para a minha pessoa). Bom, sutilmente perguntei a ele se, passados dois dias do presente ganho, ele iria continuar a se exercitar. Ele respondeu, confiante, que sim, l-ó-g-i-c-o. Como eu podia duvidar ? Afinal de contas, ele tem que eliminar a barriga, parar de se preocupar com o colesterol (coisa com a qual, definitivamente, cá entre nós, ele não se preocupa). Sugeri, timidamente, então, uma matrícula na academia. Como presente. Não. Não quer. Quer se exercitar em casa, na companhia da esposa e filhos. Afinal, já fica tão pouco tempo conosco... Ai, ai. Tá difícil. Última cartada: marido, onde nós vamos guardar essa nova esteira ? Não temos espaço ... Ele me garantiu que a nova esteira vai ficar incógnita pela casa. Os modelos novos são mais dobráveis, mais finos, mais potentes, mais silenciosos, mais mais... Bom, será que tem um botãozinho para ficar invisível, também ? Gente, só me resta ir atrás deste presente. Se daqui a alguns meses ouvirem falar de uma esteira que, acidentalmente, escorregou da varanda e se espatifou lá embaixo... Não foi aqui não, tá ?

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Da série: Adoro!

Devia ser umas dez horas da noite. A Camila estava com um febrão. Dei remédio, coloquei-a na cama e, preocupada, disse:
-'Cami, se você sentir qualquer coisa de madrugada, me liga, tá?'
-'Mãe ?!!?'

-'Ops! Me chama, quer dizer !'
Adoro!

Valeu a visita!

Faz tempo que você não vê um amigo ? Um primo ? Alguém querido ? Já tentou marcar por telefone, email e nada ? Viver essa vida louca de cidade grande, dá nisso, né? Tenho uma idéia. Cria um blog. É fácil e grátis. Bom, tem que avisar aos conhecidos sobre o seu blog, principalmente para aqueles que você gostaria de encontrar e não consegue. Depois, você escreve um post falando sobre isso. Pode até ser mais direto e, citar, nominalmente a pessoa que você queria encontrar (olha um exemplo aqui). Aí, tem que aguardar um pouquinho. Pode levar dias, dependendo de quão viciante (ou não) é o seu blog. No meu caso, demorou uns 11 dias. Mas, funcionou ! Minha tia apareceu em casa ontem ! Antes de reclamar que a vida está muito corrida e que as relações estão se deteriorando cada vez mais, avalie as ferramentas disponíveis... Tia, valeu pela visita !

Sem direção

Meu senso de direção é péssimo. Confesso. Sempre que tenho que ir em algum novo lugar, sei que vou me perder. Já nem fico mais aflita. Saio mais cedo de casa e pronto. Achar o carro naqueles estacionamentos enormes ? Não sei nem por qual lado começar. Sempre estaciono e saio decorando o piso, a letra, o número. Tudo. Mas, sem stress. Orientação por mapas? Também encontro um pouco de dificuldade. Delego essa tarefa ao marido. Estudos indicam que os homens têm mais habilidade para a interpretação de mapas e para encontrar saídas de labirintos, por exemplo, tarefas restritas a um único hemisfério cerebral. Já as mulheres, têm mais fluência verbal, sensibilidade social, percepção de detalhes, graças às conexões entre os dois lados dos cérebros. Os homens e mulheres utilizam diferentes estratégias para encontrar o caminho. Enquanto as mulheres prestam mais atenção a pontos de referência que surgem ao longo do percurso, os homens possuem um sentido de orientação mais apurado, dando menos atenção aos detalhes que aparecem.
Desde que fiquei sabendo disso, não me culpo mais. Além do que, com um GPS na mão, mais vale a fluência verbal do que saber sair de um labirinto, não ?

terça-feira, 5 de agosto de 2008

Pra variar, eu tinha razão...

Estávamos em Montreal e eu queria conhecer as famosas cachoeiras de Niágara, Niagara Falls, em Toronto, a cerca de 600 km de distância. O maridão não queria ir, só para ver essa tal 'quedinha d’água', como ele disse, 'Foz dá de dez a zero', continuou. Mas eu pensava que, estando no Canadá, nós não poderíamos perder essa oportunidade. Como ele não estava muito interessado de fato, eu apelei para a frase, que, na maioria das vezes, é infalível: 'Tá bom. Faz como você quer, então.' Junto com a frase, a cara, bem fechada. No dia seguinte, ele alugou um carro e lá fomos nós. E, o passeio, como eu bem pressentia, e com o que o meu marido concordou, foi, de fato, maravilhoso. No final, eu tinha razão. Pra variar...

Quereres

Queria ser magra. Bem magrinha. Ter um cabelo liso. Bem lisinho. Ter mais coragem. Ser mais flexível. Ser mais acessível. Ser melhor mãe, esposa. Trabalhar mais. Viajar mais. Tantos quereres... Aí eu li:

Acho que sou feliz - Climério Ferreira
Eu quero tudo o que tenho:
Só desejo o que posso
E sou da minha idade
Será isso a tal felicidade?


E concordei.

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Velhos tempos

Já há um tempo que venho me sentindo meio que dos 'velhos tempos'. Às vezes, quando o Windows dá aqueles paus, recorro ao velho e bom DOS. Não conhece ? Pois é, sou desse tempo. Já nasceu tendo gigabytes a sua disposição no winchester ? Eu, não. Sou da época do XT. Não vou nem falar dos disquetes 5 1/4 e dos 3,5". E, agora, como que para certificar que eu me sinta bem velhinha, vem essa tal de reforma ortográfica. A entrar em vigor em 2009. Não vou mais poder usar trema. Os ditongos "ei" e "oi" das palavras paroxítonas deixarão de ter o acento agudo. Então, idéias passa a ser ideias. E jibóia, jiboia. Lembram do CREDELEVE que decorávamos na escola ? Pois, é. Tem que tirar o circunflexo: creem, deem, leem, veem. O acento circunflexo quando dois “os” ficam juntos também some. Assim, vôo vira voo. E outras tantas alterações. Sei, não. Acho que não vou me adaptar. Vou me juntar àquela turma, que, ainda hoje, escreve 'êle', 'sómente', 'bebêzinho'. Acentos que foram extintos na última reforma ortográfica. Em 1971.

Do interior

Meu marido é de uma cidade do interior, que fica a uns 500 e tantos quilômetros daqui. Segundo ele, é uma megalópole. Bom, há controvérsias... Deve ter uns 120 mil habitantes. Adoro ir para lá, as meninas também (já falei aqui e aqui), apesar do calor insuportável. Meu cunhado trabalha como consultor na área de sistemas de transportes em vários lugares do mundo. Atualmente está na China. Na semana passada, ele apareceu em uma reportagem na Record, sobre as Olímpiadas. Ele falou um pouquinho sobre o trânsito chinês. Ficamos sabendo, porque algumas pessoas comentaram com o meu marido. Fui atrás e descobri o link da matéria. Enviei um email para o meu cunhado e para um sobrinho dele, que mora lá na cidade do interior. O sobrinho me respondeu.

De: XXXXXXXXXXX
Enviada em: segunda-feira, 4 de agosto de 2008 18:19
Para: Kátia
Assunto: RE: Na TV

Oi Kátia, eu vi agora !!

Voce nem imagina como fiquei sabendo.. tem um barbeiro aqui , onde eu o levei uma vez para cortar o cabelo, sexta-feira fui lá, e quando entrei, foi a 1a. coisa que ele me falow.. voce viu seu tio na televisão..kkkk
O duro que não foi nem ele quem viu.. foi um outro cliente que contou para ele.
PS:- Barbeiro aqui sabe de tudooooooooooooooo!!
Beijo ate +

Depois meu marido reclama que eu fico falando da cidade dele. Mas, gente, isso só podia acontecer lá mesmo. Fala sério !

Até janeiro

Ontem, domingo, ainda sob efeito da letargia alimentar, quando cheguei na casa da minha mãe, nossa amiga de Recife já havia ido embora. Por cinco minutos, não desejei boa viagem, ao vivo. Ei, amiga, espero que a viagem tenha sido boa. Até janeiro !

Recordações

Morei em Recife dos 8 aos 13,5 anos. Meu pai fora transferido para lá. Tenho ótimas recordações. Quando ficamos sabendo que voltaríamos para São Paulo, fiquei triste. Não queria. A minha escola, meus amigos, a praia... Bem, voltamos. Depois de aaanoooos sem notícias, voltamos a ter contato com uns amigos de lá. Sábado foi um dia cheio. Fomos nos encontrar com estes amigos, em férias por aqui. Fazia muuuuito tempo que não nos encontrávamos. Na época em que morávamos em Recife, éramos muito amigos dos filhos deles. Em paralelo à atualização das notícias, overdose alimentícia. Fomos almoçar na casa do meu irmão, a cerca de 100 km de São Paulo. Minha cunhada, cozinheira das boas, fez feijoada. De sobremesa, para continuar a overdose, quatro tipos diferentes. Todos bem engordativos. Em conformidade com os artigos da Lei Seca, ora em vigor, só meu marido bebeu. Voltei dirigindo para São Paulo. Chegando aqui, mais um compromisso: fondue na casa de uns amigos, encontro que conseguimos marcar, depois de muito vai-não-vai. Mais comilança: fondue de carne, de queijo e de chocolate. Para complementar, vinho. Desta vez, eu que bebi. Resultado: acordei no domingo já querendo dormir de novo. Estômago pesado. Pulei o café da manhã, almocei uma saladinha lá pelo meio da tarde e jantei uma sopinha. E, ainda assim, continuei me sentindo pesada. Começo a semana light. Overdose, só de alface. E chá verde. Desintoxicação emergencial.

domingo, 3 de agosto de 2008

Será que dá tempo ?

Estava lendo o caderno Aliás, do Estadão, hoje de manhã, quando dei de cara com um informe publicitário, Respostas Reais Dadas em Exames Escolares. Não pude deixar de rir:

"Os holandeses tentaram invadir o Brasil mas foram obrigados a voltar para Olinda sua terra natal."
"Onde nasce o Sol é o nascente, onde desce é o descente"
"Reta é uma linha que liga 2 pontos sem fazer curva"
"A principal função da Raiz é se enterrar"
"O corpo humano pode ser dividido em 3 partes: a parte de cima, a parte de baixo e a parte de dentro. Esta é habitada pelos órgãos internos."
"A História se divide em 4: Antiga, Média, Momentânea e Futura, a mais estudada hoje."
"Toda vírgula deve ser pressedida de alguma palavra, pode ser qualquer uma."

Com o slogan "Ajude seu filho enquanto é tempo", a propaganda é para a Nova Enciclopédia do Estudante Estadão.

sábado, 2 de agosto de 2008

Padrinhos

Quando nos soubemos grávidos, fomos avisando à família e aos amigos. De preferência, pessoalmente. Estávamos tão felizes que parecia que, via telefone, não conseguríamos transmitir direito. Meu marido ligou para um casal amigo muito querido:‘Vocês vão ficar em casa ? Temos novidades...Podemos passar aí’. Eu ainda reclamei :’Assim, eles ficam sabendo antes da gente contar. Dá para ser menos óbvio?’. Pois bem. Fomos para a casa deles. Na sala de estar, contamos. Saímos para jantar. Estava bem no comecinho da gravidez. Só sabíamos que eram gêmeos. No meio do jantar, meu marido os convidou para serem padrinhos de um dos bebês. Ficaram sensibilizados, mas quase declinaram do convite. Tinham tido uma experiência anterior ruim. Contaram. Não lembro os detalhes. Só o que sei é que fico imensamente grata por terem aceitado o convite. Em algum momento da gravidez, eu e meu marido decidimos que eles seriam os padrinhos do bebê que nascesse primeiro. E assim foi. Padrinhos carinhosos e presentes. Não só nas datas especiais. No dia a dia. Amigos de baladinhas. Para toda a hora. Sempre que eu e meu marido descobríamos um barzinho ou restaurante novo, já ligávamos para marcar um retorno. E vice-versa. Eles, com filhos adolescentes, estavam sempre disponíveis. Infelizmente, ele não está mais conosco. Sentimos muito sua falta. Pessoa íntegra, coração enorme. Continuamos freqüentando sua casa. As meninas dormem lá, de vez em quando. Minha comadre é uma pessoa especial. Estou devendo um almoço para ela... Comadre, como anda sua agenda ? Vamos marcar ?

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Na Faixa

Estava no carro, distraída, esperando o farol abrir. Daí, percebi uma mulher fazendo manobras para conseguir atravessar a rua. Ela empurrava um carrinho de bebê. O carro, ao meu lado, havia parado sobre a faixa de pedestres. Ocupava mais da metade da faixa. Quer dizer, coitada da mulher e de quem mais quisesse atravessar. Minha filha fraturou a tíbia há quase três anos (hoje, exatos 1027 dias). Tinha 6 anos. Foi atropelada na garagem do nosso prédio. O nosso vizinho estava correndo muito acima do razoável. E ela se distraiu. A combinação dos dois fatores resultou em mais de dois meses de gesso e cadeira de rodas. Apesar dessas limitações, queríamos que ela continuasse com sua vidinha normal: ir para a escola, alugar um DVD no vídeo, fazer compras no mercado, passear no shopping, assistir a um filme no cinema, etc. Para tanto, o uso da cadeira de rodas foi fundamental. E difícil. Só quem já teve que empurrar uma cadeira de rodas, sabe da dificuldade de fazê-lo em São Paulo. As calçadas são esburacadas, mal conservadas. Existem obstáculos de todos os tipos: vasos, árvores, carros, entulho... E a cadeira pesa! Você já deixou seu carro em cima da faixa de pedestre hoje? Não, nem um pouquinho ? Então, meus parabéns. Porque nas minhas andanças de cadeira de rodas por aí, o simples ato de atravessar a rua tornava-se um processo bem complexo. Sempre, sempre, havia algum carro sobre a faixa de pedestres. Não parece que vai atrapalhar ? Foi só um pouquinho que ficou em cima da faixa ? Pois saiba. Atrapalha. E muito. Já atrapalhava quando eu dirigia um carrinho de bebês. Duplo, de gêmeos. Só que era infinitamente mais leve. Dirigindo a cadeira de rodas, então... Eu atravessava a rua, tendo que desviar do carro e querendo fuzilar o motorista. Mas, para minha felicidade, sabia que a minha situação era temporária. Íamos nos ver livre de tudo em alguns meses. Mas, e aqueles que convivem com essas limitações para sempre? Não é fácil. Quando estiver na rua, no papel de motorista, lembre-se de deixar a faixa para quem de direito: os pedestres.

quinta-feira, 31 de julho de 2008

Sem reclamações

Tenho uma amiga desde os tempos da facul. Mantivemos a amizade, fomos sócias, as crianças estudam na mesma escola. Moramos em bairros próximos. Lembro que na época que eu estava tentando engravidar, ela também estava. Ela morava no exterior. O marido havia sido transferido. A gente se falava por telefone ou por email. Ela acompanhava minhas tentativas e vice-versa. Em um desses telefonemas, ambas grávidas, com uns 5 meses de diferença, a gente fez uma promessa. Assim que tivéssemos nossos filhos, a gente não ia reclamar. Não íamos reclamar se eles não se comportassem direito. Se fizessem muita bagunça. Se não quisessem escovar os dentes. Se fossem teimosos. Se não quisessem comer. Não íamos reclamar. Bom, os filhos vieram. Eu tenho duas meninas. Ela tem dois meninos. As minhas são gêmeas. Os dela são quase gêmeos. Apenas um ano de diferença. O mais velho estuda na classe de uma das minhas filhas. Eu e minha amiga nos encontramos frequentemente. Ora na porta da escola, ora marcamos um almoço. Nessas ocasiões, entre vários assuntos, conversamos sobre as crianças, também. Começamos a reclamar e uma lembra a outra da promessa. Queríamos tanto tê-los... Ei-los. Vamos curtir. Além do mais, os maridos continuam sendo nosso alvo predileto. Sem quebra de promessas.

Serve arroba ?

Você sabe fazer tricô ? Eu não. Minhas filhas estão aprendendo, em um curso extra na escola. E estão amando. Já fizeram cachecol, gorrinho, sapatinho... Nunca tive muitas habilidades manuais. No crochê, não saía da correntinha... Elas, no começo, tentavam tirar algumas dúvidas comigo e eu não podia ajudá-las. O máximo que fazia era aconselhá-las a ligarem para a vovó. Meu marido me disse que isso é uma falha de formação. 'Como pode, não saber tricô? Básico!'. Fiquei meio encucada. Será ? Não basta poder ajudá-las em inglês, matemática, português, informática ? Não é suficiente ? Resolvi, então, fazer uma pesquisinha rápida. Perguntei para três amigas minhas, contemporâneas. Duas delas sabem. Fiquei na dúvida se sabiam mesmo ou haviam sido instruídas pelo meu marido a me darem essa resposta. Mas quando uma disse que iria trazer uma blusa (b-l-u-s-a) que havia feito, percebi que era verdade. Eu que estou por fora. Quando na minha vida achei que tricô um dia me faria falta ? Mas, não me dei por vencida. Na saída da escola, encontrando as mães, eu ia comentando que as meninas estavam adorando as aulas de tricô, blá, blá. Até que, em dado instante, eu fazia a pergunta fatídica: sabes tricotar ? Incrível!. A maioria sabe. Uma começou a me falar de um ponto que tinha aprendido. Já fui cortando: 'Querida, não sei nem ponto, nem vírgula. Serve arroba (@) ? Me dou melhor ...'

quarta-feira, 30 de julho de 2008

Viagem das boas

Adorava ler Fernando Sabino na minha adolescência. Li muitos livros dele: O Grande Mentecapto, O Homem Nu, A Inglesa Deslumbrada, O Encontro Marcado... Meu pai tinha quase que a coleção completa. E, dias desses, não sei bem o porquê, lembrei do O Menino no Espelho. Livro das memórias infantis dele plus invencionices. Delicioso. Comprei pela internet. Para as meninas. Elas estão adorando. Embora elas já saibam ler e, até me pediram para que eu as deixasse ler, eu quis ler para elas, junto com elas. É muito gostoso ler e ouvir suas risadas. Tem som mais gostoso ? Acharam muito engraçado quando ele salvou uma galinha de ir para a panela e a batizou de Fernanda. E ainda a ensinou a falar. Ou quando aprendeu a voar. Ou, ainda, quando visitou o Sítio do Picapau Amarelo. Sem contar quando conheceu o Mandrake e se decepcionou com o Tarzã. Pura viagem. Das boas.

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