sábado, 30 de maio de 2009

17 anos !


Hoje, 30/05/2009, faz 17 anos que nos casamos. Mais 3 anos de namoro. 20 anos juntos !!! Sendo 18 a diferença de idade entre nós. Quase 7 anos depois, nasceram as 2, depois de muita expectativa, planos e sonhos. Muitos números nesse encontro de um engenheiro com uma analista de sistemas. Exatas total. E, em meio a esse mar de números, muito amor para contrabalancear. Misturado a um punhado de paciência, mais uma dose de compreensão e um tantão de respeito. Ele é uma pessoa especial, dessas que não se encontra facilmente. Por mais que eu tente exprimir em palavras, nunca será claro o sufiente. Compreensivo, generoso, amoroso ... E eu, muito felizarda de encontrá-lo.

Nos casamos apenas no civil, em um sábado de manhã. Depois da cerimônia, super rápida, reunimos a família e amigos mais próximos para um almoço. Teve chuva de arroz e joguei até buquê ! No dia seguinte, viajamos em lua de mel. Moramos, nos oito primeiros meses, no flat em que ele já vivia. Um apartamento bem pequenininho, mas muito fofo. Boas lembranças...

O mais interessante é que, tinha tuuudo para dar errado. Mas, deu tããão certo, que nem parece que já faz esse tempão que estamos juntos. Ainda andamos de mãos dadas, trocamos beijos em público, rimos juntos. Precisa mais ?

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Fotos

(clique sobre a imagem para ampliá-la)

Recentemente, vendo fotos antigas, queria mais. Mais fotos de um determinado evento. Mais fotos de um amigo, que não está mais conosco. Mais fotos das meninas pequenas. Mais fotos com o meu pai. Mais fotos com o meu vô e a minha vó. Mas, se você perde o momento, simplesmente, perdeu. Não se consegue, infelizmente, voltar a cena.

Pensando nisso, decidi que quero tirar muitas fotos de agora em diante (resolução 1). Como a nossa máquina digital há tempos não trabalha direito, ao trocar de celular há umas semanas atrás, optei por um modelo que oferece o máximo em matéria de qualidade de fotos. Afinal de contas, a gente sempre está com o celular, né ? O deixar de capturar um momento por falta de ter o equipamento por perto não vai mais acontecer, espero.

Se o advento da máquina digital deu uma super facilitada na hora de tirar as fotos, por outro lado, atrapalhou, no meu caso, o prazer de se ter a foto em papel. Tenho trocentas fotos no laptop, organizadas por mês e ano, mas, na maioria das vezes, com aquele nomezinho genérico e números sequenciais. Para achar uma foto, horas visualizando todas. Sob esse aspecto, complicou. Ainda mais, porque eu adoro ver as fotos em álbuns, voltar no tempo, lembrar o clima da viagem, do aniversário, da reunião. É bom demais. Então, resolvi que me organizarei para colocar os nomes pertinentes nos arquivos de fotos e, de tempos em tempos, imprimi-los (resolução 2).

Bom, há de ser tempo para isso. Mas, antes de tudo, tem de se ter vontade, não ? Estou empenhada. Vamos ver se consigo.

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Concordo

"Existe um folclore generalizado de que os homens não querem casar. Acho que o homem depende mais do casamento do que a mulher, ficam mais desamparados quando se separam. Mulher é adulto, homem é criança." - Caetano Veloso, em entrevista à revista TPM #87, de Maio/09.

Campanha: Câncer de Mama

Eu, geralmente, não gosto de repassar email com pedidos de ajuda, correntes, etc. Essa semana recebi um email da minha tia com uma mensagem sobre a Campanha da Mamografia Digital Gratuita, promovida pelo Instituto NEO MAMA de Prevenção e Combate ao Câncer de Mama em conjunto com a Equipe do Site do Câncer de Mama, aqui de São Paulo. E, depois de visitar o site, resolvi divulgar a campanha aqui no blog.

Basta acessar o site deles e clicar sobre o botão cor de rosa (igual à figura acima), do lado esquerdo da tela, que diz:"Campanha da Mamografia Digital Gratuita". A campanha consiste em conseguir cliques para alcançar quotas que lhes permitam oferecer mamografias gratuitas a mulheres brasileiras necessitadas. Demora menos de 5 segundos. A idéia é que se acesse esse site diariamente. Quanto mais cliques, melhor. É por meio do número diário de pessoas que clicam que os patrocinadores oferecem a mamografia em troca de publicidade.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Sabia ...

  • que eu adoro ler sites/blogs de 'mulherzinha': moda, decoração, faça-você-mesma, receitas ? O único problema é que nunca, repito, nunca tento fazer nada do que leio.
  • que eu já emprestei meu namorado para uma amiga ? Ela ainda não tinha beijado nenhum menino e estava quase chegando lá. Ficou apreensiva de errar na hora H. Pediu um help. Muito prática que sou, ofereci meu namorado para o treinamento. Mas, não foi necessário. Fosse hoje, eu não emprestava maridão, não !
  • que eu adoooro goiaba, mas não suporto o seu suco? A mesma coisa com a manga. Idem para o milho.
  • que no churrasco, só gosto de comer pão e linguiça ?
  • que as minhas amigas me acham muito calma, política, beirando a zen ? Nem eu entendo como.
  • que no dia do casamento, eu liguei cedinho para o meu futuro marido ? Queria garantir que ele não havia esquecido ...
  • que as minhas amigas (e meus irmãos) me acham muito fria ? Só porque eles são manteiga derretida e eu, mais seletiva com o uso das lágrimas.
  • que eu e meu marido brigamos pouco, bem pouco ? Mas, que quando isso acontece, a culpa é, na maioria das vezes, dele, lógico.
  • que a minha memória é péssima ? Meu irmão odeia isso, porque nunca posso corroborar com as reminiscências dele (e, acreditem, são muitas).
  • que eu odeio ir ao supermercado ? Mas, maridão, adora.
  • que eu (e todos de casa) não assistimos a novelas ? As meninas reclamavam, já que são as únicas sem-novela-da-escola. Agora, no entanto, já não resmungam tanto.
  • que eu odeio receber correspondências, propaganda, mala-direta, etc. com erro de português? Vergonha alheia...
  • que, quando conheci meu marido, ele me convidou para tomar cerveja ? E eu respondi: 'Não bebo'. E ele insistiu:'Um suco, então'. Eu repliquei:'Não vai dar. Não posso sair assim, sem antes pedir pros meus pais.' Mico total. Obrigadão, maridinho, por ter tido taaaanta paciência.
  • que eu sou super desorganizada? E o meu marido também. E as meninas também. Sinto muito, girls. Minha máxima culpa.
  • que eu não vou me acostumar com essa reforma ortográfica ? Velha demais para isso...
  • que eu adoro Caetano ? E seus discursos ? Ou não.
  • que com uns 6 anos, uma das minhas filhas pediu para que eu e marido nos separássemos ? 'Porque, filha ?', perguntamos. 'Porque eu quero ter mais um irmão!'. Na cabeça dela, isso só iria acontecer se o pai se casasse de novo. Faz sentido. Criança tem uma lógica impressionante...
  • que hoje sou uma pessoa muito melhor graças ao maridão? Por favor, poupe-me das piadas do tipo 'Nossa. Imagina antes, então...'. Thanks.
  • que tenho três sobrinhos, três enteados, três netos, duas filhas, dois irmãos, um marido, uma mãe e zero útero? Não necessariamente nesta ordem.
  • que eu já passei muuuitas noites em claro por causa da minha irmã caçula ? Tipo treinamento para as meninas, cujo processo se repetiu, em dose dupla.
  • que eu adoro café, mas odeio seus derivados (bolo, sorvete, drink, ...)?
  • que eu não como peixe ? Não, nem mesmo salmão. Sorry.
  • que eu não esqueço quando um membro (próximo, muito próximo) da minha família perguntou quantos números se jogava na MegaSena ? Não conto quem, nem sob tortura.
  • que eu adoro tirar sarro do meu irmão ? Porque ele sempre leva a sério. E fica bravo de verdade. Desde criança.
  • que as meninas ganharam seu primeiro conjuntinho de calcinha e sutiã? E já usaram ! Ai, que lindo meu bebê (piada interna).
  • que eu acho que este post vai ser auto-atualizável ? À medida que eu for me lembrando de mais coisas...
  • que eu não sei como você aguentou ler tanto about myself ? Obrigadinha.

segunda-feira, 25 de maio de 2009

4 anos: Parabéns, Lucas !

(clique na imagem para ampliá-la)

sábado, 23 de maio de 2009

Ops!

Ontem, na hora do almoço, fui tomar meu comprimido de ferro, como faço todos os dias. Peguei a cartela, tirei o comprimido, o último, engoli e joguei fora a cartela vazia, no lixinho da pia da cozinha. À tarde, arrumando minha bolsa, vi uma cartela do comprimido de ferro lá dentro. 'Estranho', pensei, 'Sempre utilizo uma cartela por vez...'. Por via das dúvidas, fui ao lixinho da pia e resgatei a cartela vazia. Bingo! Ao invés do ferro, tomei o comprimido do antibiótico, que já havia parado de tomar há uns 8 dias. Se meu maridão tivesse feito isso, eu não me espantaria. Mas, eu ?? Será a falta do útero ? Disseram que não ia fazer nenhuma falta ao organismo...

O blog

Ainda bem que não é necessário um número mínimo de leitores para se manter o blog. Caso, contrário este blog já não existiria mais.

Tenho alguns leitores fiéis. Vêm diariamente, comentam sempre. Tem também os leitores ‘ouvintes’. Lêem sempre, mas, tímidos, nunca comentam. Tenho, ainda, alguns outros leitores em potencial. Gostariam de acompanhar o blog, mas não o fazem, por falta de tempo, me disseram. De vez em quando, envio um post para eles, por email. Mas, bem light, porque a minha fase inicial, de pedinte de leitores, já passou. E o engraçado é que eu achei que, justamente esses, seriam os leitores mais assíduos. A gente se engana. E assim a vida (e o blog) vão indo. Adoro quando deixam comentários. Embora eu nunca os comente.

Mas, creio que, mesmo se houvesse número negativo de leitores comentaristas (e, creiam, é bem próximo disso), ainda assim continuaria a escrever. Porque, antes de mais nada, escrevo para mim. Ajuda a organizar o pensamento e a espantar os fantasmas. Neste processo pré e pós operatório, foi muito bom me valer deste instrumento. Mas, poderia ser apenas um diário pessoal, sem acesso externo ? Poderia, sim. No entanto, a possibilidade de que alguém venha a ler, faz com que o esforço seja maior. Alguém pode ler um post. E gostar. Ou criticar. E isso me atrai. Obrigada a todos os meus leitores.

terça-feira, 19 de maio de 2009

No hospital...

Pomadinha

Voltei ao médico hoje. Ele me disse que estou muito bem, que meu corte e cicatrização estão ótimos. Me mostrou o relatório da biopsia, que não indicou nada de 'maligno'. O meu ex-útero pesava 500 g (um útero normal pesa de 30g a 50g) !!! E eu achando que estava gorda... Taí o culpado. Bom, a consulta estava agradável, até o momento em que ele me prescreveu uma pomadinha. Para passar no corte. Várias vezes ao dia. Todos os dias. Oh, oh... E agora ? Eu, que não quero nem ver o dito cujo, agora vou ter que passar pomada no corte ?! Euzinha, by myself ? Tava tão bom só tomando remedinho...

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Banho

Não gosto de tomar banho. Não, por favor, não me entendam mal. Eu, atualmente, não estou gostando da hora do banho. Conforme ela se aproxima, vai me dando uma agonia. 'Vou ter que passar por isso, de novo ?' Explico: quero a maior distância possível desse corte que ora habita meu corpo. Não vi, não quero ver e, com fé, não verei nunca o dito cujo. Do umbigo para baixo, já não me olho mais, desde sábado. De maneira que, na hora de tomar banho, finjo que não é comigo. Deixo a água escorrer e pronto. Me dá aflição só de pensar. Frescura ? É, das grandes. Mas, sou assim. O médico explicou que os pontos serão absorvidos pelo organismo. Único alento. Porque lembro que, na cesárea, a aflição na hora de retirar os pontos foi enorme. Ainda bem que não vou ter que repetir isso. Torço para o momento que ele, o corte, vire uma cicatriz light, tal qual a da cesárea. Quase invisível. E aí eu me pego pensando: ou eu sou por demais medrosa/fresca ou as pessoas são por demais corajosas. Essas mulheres (e homens também) que fazem lipoaspiração, colocam silicone, reduzem abdomen ... Como conseguem ??? De livre e espontânea vontade... Admiro!

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Praticidade

Eu adoro a praticidade do email. Já falei disso aqui. Mas, infelizmente, nem todos concordam comigo. Quando, recentemente, anunciei a data da minha operação, via email, fui bombardeada por críticas: 'Onde já se viu ? Avisar por email ?', 'Que falta de consideração ! Absurdo','Uma notícia dessas e você me envia um email?' e por aí foi.

Sinceramente, não entendo, ainda mais considerando-se que o assunto do email não era de altíssima prioridade. Ao fazer um telefonema, posso ligar em um momento não adequado, no meio de uma reunião, etc. Atrapalhar. Com o email, não. A pessoa lê quando puder e responde, se quiser. Perfeito! Fora, a facilidade de se atingir um maior número de pessoas com uma única ação. O porquê das críticas, então ? Imagino que a verdadeira razão seja, ainda, a falsa impressão de que o email é dirigido à massa e faz com que a pessoa não se sinta reconhecida, amada e tudo o mais que Freud explica. Bobagem ! Ao fazer o tal 'anúncio', escolhi as pessoas que queria que soubessem. Não enviei para a minha Caixa de Contatos completa. Pensei que, para mim, seria importante que essas determinadas pessoas, somente elas, soubessem da data do desfecho. Queria e precisava contar com o apoio delas. E, embora com críticas, foi isso que aconteceu. Todos me responderam. Via email ou telefone. E eu fiquei chateada com quem me enviou email ? Não ! Então, utilizemos a tecnologia a nosso favor. Sem conservadorismos.

Comunicação

Vale a pena assistir !

Passeio


Amanhã as meninas têm uma 'saída pedagógica' com a escola. Saem às 7h e voltam às 18h (sempre atrasa, ainda mais de sexta-feira).Vão para Bertioga, litoral paulista, com direito a passeio de escuna e tudo. O objetivo é conhecer a reserva ecológica da região e o patrimônio histórico da cidade, onde visitarão um forte, compatível com o que elas estão estudando no momento. Me dá um certo receio. Estarão acompanhadas dos professores, além de monitores, trilheiros, bombeiros e um biólogo. Mas, ainda assim ... Longe, barco, mar. Sei que não posso impedir. Não seria justo com elas, que estão empolgadíssimas, embora, no fundo, fosse isso o que eu gostaria de fazer.

UPDATE: Passeio adiado em função do mau tempo.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Cálculos Pós-Cirúrgicos

Imagine uma pata choca andando com a postura do Corcunda de Notre Dame. Visualizou ? Sou eu. Não consigo andar como uma pessoa normal !!! Perdendo a paciência... E ai comentei com uma amiga que, na cesárea, a minha recuperação foi muuuuito mais rápida. Que eu achava que isso era devido ao tipo de cirurgia. E ela, rapidamente, complementou: na cesárea, querida, você era dez anos mais jovem. Não tinha visto sob essa ótica. Doeu !

Para subir ou descer da cama, tenho que calcular o ângulo e altura de menor impacto à intervenção. E, por vezes, erro. E me auto xingo. Vontade de comer alguma coisa ? Antes, calculo se a fome é mesmo compatível com a velocidade e o número de passos que tenho que dar para chegar à cozinha. O telefone está tocando ? Que ele tenha paciência, porque correr para atendê-lo é uma habilidade que me falta no momento. Ainda bem que fiz Exatas. Muitos números nessa atual etapa pós-cirúrgica. Mas, não me entendam mal. Isso não é uma reclamação, tá ? Apenas um desabafo...

Por aqui, está tudo ótimo. Mesmo porque, saiu o resultado da análise patológica dos meus ex-órgãos. Segundo o relatório, 'não há indícios morfológicos de malignidade'. Bom, né ?

terça-feira, 12 de maio de 2009

After All

Estou de volta! Recebi alta hoje de manhã. Tão bom chegar em casa ! Tenho que ficar de repouso pelo menos até a próxima semana, quando retorno ao consultório médico para reavaliação. Não sinto dores, apenas um incômodo na região do corte. Ando devagar e curvada. Imagino que, com o passar dos dias, devo conseguir voltar à postura normal. Na minha avaliação, essa cirurgia é bem pior que a cesárea, pois a minha recuperação foi beeeeem melhor quando tive as meninas. Suponho que a 'mexida interna' seja maior neste tipo de intervenção ...

Obrigada a todos que se preocuparam, ligaram, visitaram, perguntaram... É muito bom se sentir querida...

sábado, 9 de maio de 2009

Preservando a Natureza

Sabia que com o simples ato de fazer xixi no banho, você ajuda a preservar a Natureza ? É o que informa a campanha da SOS Mata Atlântica. Segundo eles, você pode economizar uma descarga por dia (cerca de 12 litros de água) com esse simples ato. O site é super bonitinho e tem todas as explicações.

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Twittas ?

Você twitta ? Não ?! Sinto informar que você está completamente por fora das atuais tecnologias de comunicação. Não basta ter um email. Tem que ter um blog. E não basta ter um blog. Tem que ter um twitter.

Twitter é uma rede de comunicação que permite que os usuários enviem atualizações pessoais contendo apenas texto, limitado a 140 caracteres, via sms, email, etc. As atualizações são exibidas em tempo real e enviadas a outros usuários que se inscreveram para recebê-las, por sms, pelo site oficial ou por feeds. A chave central é a resposta à :'O que você está fazendo?'

Se eu já tivesse aderido ao twitter, amanhã, a coisa funcionaria assim. Eu, do meu celular, mandaria uma mensagem: 'Estou saindo de casa, rumo ao hospital'. Depois: 'Cheguei. Entregando documentação'. Continuando: 'Já estou no quarto'. Mais: 'Indo para a sala de cirurgia'. Última: 'Confiscaram meu celular. Tchau!' E os meus seguidores, receberiam tudo em tempo real. Sacaram ? Vocês devem estar se perguntando como não aderiram, ainda, né ? Vão , então.

Sorte

Às vésperas da operação, o que mais tenho ouvido é: 'Boa sorte!'. Agradeço a todos os que têm me desejado isso. Eu mesma, quando não sou a vítima paciente, também desejo boa sorte a quem vá passar por algo semelhante.

No teatro, dá azar desejar boa sorte aos atores. Parece que essa tradição começou na França. Tem que se desejar 'merda'. E também dá azar agradecer ao 'merda'. O certo é responder com 'merda' de volta. Os atores, por via das dúvidas, recusam-se a falar 'boa sorte' no backstage. Na Inglaterra, diz-se 'break a leg' (algo como 'quebre a perna'). Ou seja, sempre algo do tipo 'se ferre' para que aconteça justamente o contrário.

Tenho andado meio preocupada com isso. Nunca ganhei uma rifa na escola, um sorteio no bingo. Apesar de jogar na MegaSena, quando está acumulada, também nunca ganhei. Então, se depender da minha sorte para a operação ser bem sucedida, sei não...

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Almoço do Dia das Mães

Normalmente, no Dia das Mães a gente fica pensando se vai para restaurante e se irrita com a espera, se almoça na casa da mãe ou da sogra, se reúne todo mundo na casa de um irmão, enfim, mil combinações.

No entanto, neste Dia das Mães, não tenho escolhas a fazer. Estarei no hospital e, espero, lúcida, sem dores e sem útero. Com todos do lado da minha cama. Um almoço regado a remédio e a comida, meio insossa decerto...

Eu poderia ter pedido para adiar por uns dias a cirurgia, fazê-la durante a semana, por exemplo. Não atrapalharia a comemoração do Dia das Mães da minha família. E aqui peço desculpas à minha mãe, ao meu irmão e a minha irmã. Mas, cheguei em um ponto de querer a cirurgia, entendem ? Não que isso signifique que não tenha medos. Longe disso. Mas, cansei. Dos remédios, do inchaço, do útero de tamanho equivalente a uma gravidez de 4-5 meses, das hemoglobinas oscilantes. Chegou. Já deu o que tinha que dar. Talvez seja esse mesmo o processo de uma operação: negação, conformismo, aceitação.

E isso porque estou falando de um problema simples, totalmente curável. Fico imaginando as mulheres que não têm filhos (e os queriam), mas que receberam um diagnóstico igual ao meu. Fico pensando nos tantos filhos que também estarão no hospital com suas mães, mas porque elas sofrem com câncer, aneurisma, derrame... Então, embora nos últimos tempos esse blog esteja semelhante a um muro de lamentações, tenho noção de quão felizarda eu sou. Vou lá, retiram meu útero e, voilà, vida normal. Quem poderia querer mais ?

Medos

E por falar em medo, além do de cirurgia, creio que o maior e mais conhecido é o medo de baratas. Medo, não. Fobia. As pessoas acham que é frescura. Mas, infelizmente, não é. É maior do que eu. Eu sofro, de fato. A simples visão do inseto, já me põe a correr, quando dá.

Certa vez, li que há, na Inglaterra, um programa para curar as pessoas da fobia de aranhas, que existem aos montes por lá. Ao final do curso, o ex-medroso faz até carinho na aranha !!! Existisse algo semelhante a isso, voltado às baratas, por aqui e eu não participaria. Simples. Ficar numa sala, de livre e expontânea vontade, com um monte de baratinhas ? No, thanks.

Recém-casada, moramos por algum tempo em um flat. Pequenino. E apareceu uma barata voadora. Não tive dúvidas. Saí do apartamento, de camisola e fiquei esperando no corredor, enquanto o maridão tentava se livrar da dita cuja. Detalhe: não me contento apenas com a informação de que o inseto passou desta para melhor. Preciso de uma prova, entendeu ? Do cadáver.

De outra vez, estávamos eu e as meninas sozinhas na casa do Guarujá. Fomos dormir e o que estava nos esperando no quarto ? Ela. Ficamos as três um tempão gritando em cima da cama. Na esperança de que a caseira ouvisse e viesse nos acudir. Em vão. Se fosse um ladrão...
Nesse meio tempo, liga a minha mãe no celular. Coitada. Ouvindo tamanha gritaria, tentava me dar o encorajamento necessário para sair da cama e tomar uma atitude. Desliguei o telefone e ainda fiquei um tempão em cima da cama, numa tentativa de auto-convencimento a sair de lá. Creio que o fato de as meninas estarem comigo, tão assustadas quanto, foi um plus para que eu saísse da cama correndo, descesse até a sala, pegasse o inseticida, voltasse e borrifasse, ao léo, em todos os cantos do quarto. Detalhe: tudo de cima da cama. Em algum momento, o bicho sucumbiu. Mas, agora, surgia outro problema. Como retirá-la do quarto ? Sim, já estava morta. Mas, pegar uma vassoura e varrê-la para fora do quarto, é outro passo difícil para mim. Sem frescuras. Bom, ficamos mais um tempão em cima da cama (é ridículo, eu sei). Pensando no que fazer. Com muita dificuldade, consegui pegar uma vassoura e fazer o que tinha que ser feito.

Repito: é um sofrimento. As pessoas riem, acham que é exagero, desdenham. Mas, as coisas são como são. Não consigo mudar isso. Embora, quisesse. De verdade.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Reações Diversas

Por telefone 1:
-'Ká, mas jáááá ? '

Por telefone 2:
-'Ká, acabei de receber seu email ... Como assim operação no sábado ? Estou com medo...'
-'Hello ??? Eu que vou ser operada! Eu que estou com medo ! Você tem que me ligar e dizer que vai tudo correr bem, entendeu ?'
-'Ah, tá ! Ká, vai tudo ficar superr bemmmm !!! Operação ? Uh-Hu! Que legal !!! ', pausa, 'Assim tá bom ?'

Por telefone 3:
-'Oi, Ká ! Li seu email. Vai ter que tirar o mioma, né ?'
-'Oi. Não. Vou tirar o útero, mesmo.'
-'Ah! Sei.', depois de um silêncio na linha, 'Então, não se preocupa, não. Vai ser fichinha. Você sabe que operação é comigo mesmo. Já passei por várias. Bom, nenhuma igual a essa sua. Mas, eu sei que tudo vai ficar bem. Pode confiar.'

Por email 1:
'Nossa, estava pensando em você, quando recebi seu email. Você tem os detalhes: se pode visitar, qual tipo de anestesia, quanto tempo de internação, etc ? Mas, olha, vai dar tudo certo. Fique firme, vc vai ver, é mais fácil que tirar uma unha encravada!!! Quando você acordar da anestesia, pronto. Tudo resolvido.'

Por email 2:
'Bom, não vai dar nenhum pau no sistema enquanto isso, né ?'

Por email 3:
'Boa sorte ! Vai dar tudo certo ! E o Einstein é um hotel 5 estrelas, né ?'

Por email 4:
'Depois da tempestade vem a bonança, vais se achar tolinha, por ter sofrido tanto de medo'

Por email 5:
'Fé em Deus e boa sorte. Tudo vai dar certo!'

Sábado

Então, acabei de ficar sabendo: a cirurgia vai ser neste sábado, às 13 horas. Que domingo chegue logo !

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Tática

Já me conformei com a operação. Já escolhi o médico. Já optei pelo hospital. Já conversei com mulheres que passaram por isso. Já estou fazendo os exames pré-operatórios. Estando tudo bem, vamos à cirurgia. Semana que vem, talvez. Já sublimei. Não penso na intervenção em si. Penso na SituaçãoAtual X SituaçãoPosterior. Que há de ser melhor. Muito melhor. Eliminei o durante. Não penso em possíveis complicações. Só nas prováveis soluções. Captaram a minha tática ? Pronto. De modo que estou preparada. Acho...

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