sábado, 29 de maio de 2010

CNH - O Retorno

Já faz mais de uma semana que circulo totalmente dentro da lei, com a minha carta devidamente renovada. Infelizmente, durante esse período, não fui parada por nenhum agente de trânsito, para ter a oportunidade de exibir minha nova CNH. No entanto, percebi que, embora não possa mais ter meu carro apreendido por estar com a carta totalmente regular, posso ser presa por falsidade ideológica. Um pouco pior, talvez ? Explico. Ao pegar meu documento renovado, notei que a grafia do nome da minha está errado. O seu nome completo é composto de três nomes: XLXX XXXXX XXXXXXXX. Mas, o pessoal da digitação lá do órgão competente, achou que o nome iria ficar mais interessante assim: XRXX XXXXX DE XXXXXXXX, trocando o L por R e acrescentando uma preposição DE. Quem sou eu para discordar dos funcionários de um órgão que, mui gentilmente, me deixou dirigir meu carro com a carta vencida, né ? Ocorre que, nos meus outros documentos, o nome da minha mãe está corretamente grafado. Portanto, agora, sou uma pessoa que porta documentos com informações conflitantes. Quer dizer que eu, em uma falsificação mal feita, poderia estar tentando me passar por eu própria. Percebem o crime de falsidade ideológica ?
Imbuida do espírito legalidade-total, resolvi ir até o órgão resolver a questão. Levei uma cópia do meu RG e uma cópia da carta:
-'Pois, não ?'
-'Oi. O nome da minha mãe na carta está errado!', já entregando os documentos para o funcionário
-'Mas, a senhora tinha que ter verificado isso quando veio aqui pegar a carta!'
-'Então, eu fiz todo o processo na auto-escola, não aqui.'
-'Sei. E o que você quer fazer ? Tirar uma segunda via ?'
-'Não sei, moço. Eu queria o problema resolvido. Foi um erro de digitação.'
Ele ficou um tempinho analisando os documentos e se dirigiu a uma outra mesa, para falar com um outro funcionário (imagino que um superior seu). Voltou com uma cara do tipo eu-não-ganho-para-isso, pediu minha carta original para carimbá-la no verso (para servir de protocolo).
-'Olha ai para ver se não tem nenhum outro erro.'
-'Não tem. É só a grafia do nome da minha mãe, mesmo.'
-'Tá, então volta daqui a dois dias. PRÓXIMO!'
Tudo isso demorou uns 10 minutos, no máximo. Sai de lá feliz, com a sensação de ser uma cidadã totalmente dentro-da-lei.
Dois dis depois, retornei e fui atendida pelo mesmo funcionário:
-'Pois, não ?'
-'Vim buscar a minha carta', falei e entreguei o protocolo
-'Aqui está. PRÓXIMO!'
Peguei minha segunda carta, em menos de uma semana, e verifiquei para ver se estava tudo certo:XXXX XXXXX DE XXXXXXXX. E voltei ao guichê:
-'Moço, o nome continua errado.', falei e entreguei, mais uma vez, uma cópia do RG.
-'Mas, a senhora tinha que ter verificado isso quando veio aqui pegar a carta!'
-'Moço, essa não é a primeira vez que recebo essa carta. Essa aí deveria ser a correção da carta entregue na auto-escola. O nome da minha mãe...'
-'Ah, tá. Já lembrei. Xi, mas isso não vai ficar pronto hoje, não.Olha ai para ver se não tem nenhum outro erro.'
-'Não, moço. O erro é só esse mesmo. O senhor poderia, por gentileza, realçar o nome correto da minha mãe (que está no RG) e realçar a grafia errada da carta ? Assim, só para facilitar a correção...'
-'Boa ideia... Pronto. Deixa eu carimbar sua carta. Esse é o seu protocolo. Volta na segunda. PRÓXIMO!'
Volto lá na segunda. Sai de lá chateada, com a sensação de que ser uma cidadã totalmente dentro-da-lei dá muito trabalho.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Divisivel por 5

Final do mês, eu e marido fazemos 18 anos de casados ! Uhu ! E, apesar de meu marido ser mega fofo, amoroso, cute, etc, é sempre necessário lembrá-lo das datas comemorativas, já que ele não é muito ligado nestas questões. Então, assim como quem não quer nada, falei sobre a data (e ele fingiu que, obviamente, já sabia) e sugeri que ele organizasse uma viagem surpresa para nós dois. Tipo: ele finge que eu não sei de nada, eu finjo que eu não sei de nada e nós dois viajamos, felizes para sempre. Mas, ele me saiu com essa:

- 18 anos ? Não dá.


- Não entendi ..

.

 


- Kátia, segundo as regras de aniversários de casamento – e você sabe que disso eu entendo – só se aplicam viagens surpresas a anos redondos …


- Oi ?!


- Redondos: 5 anos, 10 anos, 15 anos, 20 anos… Entendeu ? Somente números divisíveis por 5.


- Sério ? Porque eu nunca ouvi falar nisto antes ? Vou procurar no google!


- Kátia, só esperar mais dois anos ! Regras são regras

!


E ele foi embora rapidamente !!! Não deu nem tempo de perguntar para ele desde quando nós seguimos regras…



Tem algum leitor aí especialista na questão ? Serve também algum matemático/físico que consiga provar, por meio de teoremas, que 18 é divisível por 5. Grata por quaisquer esclarecimentos adicionais.

terça-feira, 18 de maio de 2010

CNH

Se você dirige um carro e não gosta de viver como um fora da lei, deve possuir uma CNH (Carteira Nacional de Habiltação), né ? E você deve saber também que, assim como tudo nessa vida, a CNH tem um prazo de validade, certo ? Normalmente uns cinco anos, se você não for um Mr. Maggo (já aconteceu isso comigo; assunto para outro post). E, muito provavelmente, você também deve saber o ano em que a validade da sua expira, correto ? Não ? Não sabe ? Então, dá uma verificada na sua agora, porque eu, ontem, arrumando meus documentos, percebi que estava dirigindo com a carta vencida! Por lei, você tem um mês de prazo para a renovação, a partir da data de expiração. Eu estava dirigindo há apenas 1 ano e 4 meses sem a documentação válida! Aproveito a oportunidade para agradecer a todos os agentes de trânsito de SP e aos guardas rodoviários que não me pararam em nenhuma blitz e não apreenderam meu veículo durante este período ilegal da minha vida. Por favor, notar que esse agradecimento é válido até quinta-feira, quando pego minha CNH devidamente renovada. Valeu!

domingo, 16 de maio de 2010

Figurinhas

Ontem, as meninas completaram o Álbum da Copa ! Virou uma febre. Todo mundo coleciona. E o mais interessante é que foram criados postos de troca de figurinhas, onde se pode fazer as trocas com qualquer pessoa. No meu tempo não tinha isso, não! A dinâmica é muito curiosa, porque faz com que os pais participem de uma atividade que faziam quando crianças. E o interesse parece ser diretamente proporcional à idade. Quanto mais velho, maior o interesse. O que significa que os pais são sempre os mais animados. Muito engraçado! Nós, nos últimos dois sábados, freqüentamos um posto de gasolina, onde uma salinha foi disponibilizada para os colecionadores. Você se aproxima de alguém, pega a listinha das figurinhas que ele precisa e entrega a sua para ele. Daí, se vê quantas figurinhas cada um precisa e se faz a troca. Tem aqueles casos em que você precisa de dez figurinhas da pessoa, mas ela só precisa de duas das suas. Daé, tem gente que só troca as duas, tem aqueles que trocam a diferença por quaisquer repetidas, outros, simplesmente, dão as figurinhas. No final, eu me diverti mais do que as meninas.

sábado, 15 de maio de 2010

A trabalho

Marido viajou para Londrina na quinta à noite e voltou ontem de manhã. Quando ele me ligou na quinta à tarde, avisando da viagem, fiquei meio assim, digamos, cismada. Porque viajar à noite e, ainda, passar a sexta à noite fora de casa ? Pior ainda: não me convidar para ir junto ? No final, concordei com as explicações dadas, mas não me abstive de perguntar, quando ele me ligou do aeroporto, na ida, se ele estava sozinho... Vai que, num lapso, ele responde que não... Depois de me responder que, óbvio, estava viajando sozinho, ainda me lembrou que iria ficar hospedado na casa do tio... Sei lá, as pessoas são tão criativas, né ? Quando ele me ligou de lá, fiz questão de falar com os tios e primos. Uns dirão que foi para me certificar, mas, eu posso garantir que eu estava com saudades da família mesmo...

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Almoço de Dia das Mães

Íamos viajar no final de semana do Dia das Mães, mas, não conseguimos. Então, convidei meus irmãos e a minha mãe para virem almoçar na minha casa. Aí começa o problema. Depois do convite feito, vem o dilema do que servir. Porque eu, diferentemente da minha cunhada, por exemplo, sou meio que uma negação na cozinha e, mesmo quando sei o que estou fazendo, ainda assim, fico insegura. Mesmo sendo todo mundo da família e tendo a liberdade de dizer que tudo deu errado e convidá-los para comer frango na padaria. Sofro. Na véspera, havia decidido que iria servir panquecas. Sei fazer, é prático, não dá muito trabalho. Perfeito! Liguei para minha mãe, contei sobre o meu cardápio e ela me apoiou. Aproveitei para pedir que ela chegasse mais cedo, para me ajudar. Tudo certo. Animada, comentei com o marido o menu escolhido:


-Então, decidi: panquecas !!
-Panquecas ?!
-Isso. Você não acha perfeito ?
-Não. Para ser sincero, acho meio pobrinho...
-Pobrinho ?
-Aham!

Pronto! Bastou esse ‘pobrinho’ para eu voltar a minha angústia sobre o que servir. Se bem que se eu forçasse a barra, marido ia aceitar. Mas, o ‘pobrinho’ ficou martelando na minha cabeça.

-Depois de acabar com o sonho do meu menu perfeito, você tem alguma sugestão sobre o que servir ?
-Faz carne, Kátia. Eu compro filé mignon, você faz uns molhos para acompanhar e pronto. Facinho!
-Fritura, né ? Tá, mas é fácil. OK. Amanhã você compra tudo que eu preciso ?
-Sim. Acordo cedinho e vou ao mercado, açougue... Pode ficar tranqüila.
-OK. Resolvido

No domingo, marido sai tipo umas 10 da manhã, com a minha listinha de ingredientes. O menu já estava escolhido: filé mignon acompanhado de molho de alho poró com hortelã e de creme de batata com gorgonzola, além de arroz e salada. Ele volta às 11:30h. Sem batata, sem alho poro e sem carne. Mas, com peixe!

-Marido, sem querer te chatear, mas CADÊ OS INGREDIENTES QUE EU TE
PEDI PARA COMPRAR !!! SÃO 11:30h E DAQUI A POUCO ESTÁ TODO MUNDO AQUI !!!!
-Nossa, Kátia, como você é estressada! Calma. Vou ao açougue comprar a carne. Depois vou na feira comprar a batata e o alho poró.
-Faz assim. Eu vou no mercado e compro a batata e o alho poro e você vai no açougue. Deste modo, eu já consigo adiantar os acompanhamentos...
- De jeito nenhum ! No mercado, eu procurei e, nem a batata, nem o alho poró estavam bons. Eu vou na feira. Fica calma que vai dar tempo. Você sabe que a sua família sempre chega tarde mesmo...

Nesse meio tempo, minha mãe e minha irmã chegaram e ficaram me dando apoio moral. E, só para resumir, meu marido estava certo. Ele comprou tudo no tempo dele, nos lugares que ele quis e meu irmão chegou tarde. Minha mãe fez o peixe, eu fiz a carne e o almoço, no final, deu muito certo, se eu desconsiderar o comentário do meu sobrinho mais novo: ‘Tia, só tem isso para comer ?’

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