quarta-feira, 12 de maio de 2010

Almoço de Dia das Mães

Íamos viajar no final de semana do Dia das Mães, mas, não conseguimos. Então, convidei meus irmãos e a minha mãe para virem almoçar na minha casa. Aí começa o problema. Depois do convite feito, vem o dilema do que servir. Porque eu, diferentemente da minha cunhada, por exemplo, sou meio que uma negação na cozinha e, mesmo quando sei o que estou fazendo, ainda assim, fico insegura. Mesmo sendo todo mundo da família e tendo a liberdade de dizer que tudo deu errado e convidá-los para comer frango na padaria. Sofro. Na véspera, havia decidido que iria servir panquecas. Sei fazer, é prático, não dá muito trabalho. Perfeito! Liguei para minha mãe, contei sobre o meu cardápio e ela me apoiou. Aproveitei para pedir que ela chegasse mais cedo, para me ajudar. Tudo certo. Animada, comentei com o marido o menu escolhido:


-Então, decidi: panquecas !!
-Panquecas ?!
-Isso. Você não acha perfeito ?
-Não. Para ser sincero, acho meio pobrinho...
-Pobrinho ?
-Aham!

Pronto! Bastou esse ‘pobrinho’ para eu voltar a minha angústia sobre o que servir. Se bem que se eu forçasse a barra, marido ia aceitar. Mas, o ‘pobrinho’ ficou martelando na minha cabeça.

-Depois de acabar com o sonho do meu menu perfeito, você tem alguma sugestão sobre o que servir ?
-Faz carne, Kátia. Eu compro filé mignon, você faz uns molhos para acompanhar e pronto. Facinho!
-Fritura, né ? Tá, mas é fácil. OK. Amanhã você compra tudo que eu preciso ?
-Sim. Acordo cedinho e vou ao mercado, açougue... Pode ficar tranqüila.
-OK. Resolvido

No domingo, marido sai tipo umas 10 da manhã, com a minha listinha de ingredientes. O menu já estava escolhido: filé mignon acompanhado de molho de alho poró com hortelã e de creme de batata com gorgonzola, além de arroz e salada. Ele volta às 11:30h. Sem batata, sem alho poro e sem carne. Mas, com peixe!

-Marido, sem querer te chatear, mas CADÊ OS INGREDIENTES QUE EU TE
PEDI PARA COMPRAR !!! SÃO 11:30h E DAQUI A POUCO ESTÁ TODO MUNDO AQUI !!!!
-Nossa, Kátia, como você é estressada! Calma. Vou ao açougue comprar a carne. Depois vou na feira comprar a batata e o alho poró.
-Faz assim. Eu vou no mercado e compro a batata e o alho poro e você vai no açougue. Deste modo, eu já consigo adiantar os acompanhamentos...
- De jeito nenhum ! No mercado, eu procurei e, nem a batata, nem o alho poró estavam bons. Eu vou na feira. Fica calma que vai dar tempo. Você sabe que a sua família sempre chega tarde mesmo...

Nesse meio tempo, minha mãe e minha irmã chegaram e ficaram me dando apoio moral. E, só para resumir, meu marido estava certo. Ele comprou tudo no tempo dele, nos lugares que ele quis e meu irmão chegou tarde. Minha mãe fez o peixe, eu fiz a carne e o almoço, no final, deu muito certo, se eu desconsiderar o comentário do meu sobrinho mais novo: ‘Tia, só tem isso para comer ?’

2 comentários:

Alessandro segunda-feira, 17 maio, 2010  



Como ele só tem 4 anos, fica difícil explicar para ele a arte da dissumulação, tipo: - Nossa Tia Kátia, que delícia (e em pensamento: Ah, tomara que a sobremesa seja sorvete e balinhas, porque isso aqui vai me deixar com fome...)..

Na verdade estava tudo ótimo, mas ele é filho de pai trabalhador, acostumado com arroz e feijão...Cardápio muito chique ele estranha...

tia solange segunda-feira, 17 maio, 2010  

Você aceitou que peixe entrasse em seu lar. Muuuuuuuuuuito bem!!!

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