quinta-feira, 7 de maio de 2009

Medos

E por falar em medo, além do de cirurgia, creio que o maior e mais conhecido é o medo de baratas. Medo, não. Fobia. As pessoas acham que é frescura. Mas, infelizmente, não é. É maior do que eu. Eu sofro, de fato. A simples visão do inseto, já me põe a correr, quando dá.

Certa vez, li que há, na Inglaterra, um programa para curar as pessoas da fobia de aranhas, que existem aos montes por lá. Ao final do curso, o ex-medroso faz até carinho na aranha !!! Existisse algo semelhante a isso, voltado às baratas, por aqui e eu não participaria. Simples. Ficar numa sala, de livre e expontânea vontade, com um monte de baratinhas ? No, thanks.

Recém-casada, moramos por algum tempo em um flat. Pequenino. E apareceu uma barata voadora. Não tive dúvidas. Saí do apartamento, de camisola e fiquei esperando no corredor, enquanto o maridão tentava se livrar da dita cuja. Detalhe: não me contento apenas com a informação de que o inseto passou desta para melhor. Preciso de uma prova, entendeu ? Do cadáver.

De outra vez, estávamos eu e as meninas sozinhas na casa do Guarujá. Fomos dormir e o que estava nos esperando no quarto ? Ela. Ficamos as três um tempão gritando em cima da cama. Na esperança de que a caseira ouvisse e viesse nos acudir. Em vão. Se fosse um ladrão...
Nesse meio tempo, liga a minha mãe no celular. Coitada. Ouvindo tamanha gritaria, tentava me dar o encorajamento necessário para sair da cama e tomar uma atitude. Desliguei o telefone e ainda fiquei um tempão em cima da cama, numa tentativa de auto-convencimento a sair de lá. Creio que o fato de as meninas estarem comigo, tão assustadas quanto, foi um plus para que eu saísse da cama correndo, descesse até a sala, pegasse o inseticida, voltasse e borrifasse, ao léo, em todos os cantos do quarto. Detalhe: tudo de cima da cama. Em algum momento, o bicho sucumbiu. Mas, agora, surgia outro problema. Como retirá-la do quarto ? Sim, já estava morta. Mas, pegar uma vassoura e varrê-la para fora do quarto, é outro passo difícil para mim. Sem frescuras. Bom, ficamos mais um tempão em cima da cama (é ridículo, eu sei). Pensando no que fazer. Com muita dificuldade, consegui pegar uma vassoura e fazer o que tinha que ser feito.

Repito: é um sofrimento. As pessoas riem, acham que é exagero, desdenham. Mas, as coisas são como são. Não consigo mudar isso. Embora, quisesse. De verdade.

2 comentários:

tati sexta-feira, 08 maio, 2009  

rs.. é engraçado mesmo!! E a vez que tinha uma barata na sua casa e vc trancou ela na cozinha? rs
Eu nao gosto também, mas se tiver sozinha eu mato.... credo!

Alessandro sexta-feira, 08 maio, 2009  

Kátia,

Admito meu lado sádico: já dei muita risada com estas situações e seu pavor...Eliminava as coitadinhas com uma certa demora quando você clamava pelo meu lado matador...Mas o dia mais divertido neste assunto, foi quando no apartamento da Bartira (vc. devia ter uns 18 anos) estava junto com a Simone assistindo a um filme, e entrou pela janela uma barata voadora. Vocês duas começaram a berrar histéricas, e o pai me mandou matar a invasora...Eu corri na sala, fechei a porta e APAGUEI todas as luzes da sala!! Foi um momento ímpar de alegria, ouvir todo aquele desespero...Me custou uns safanões do pai, e tive ao final que matar a pobrezinha....Mas estou aqui rindo só de lembrar. Obrigadão!!

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