terça-feira, 26 de agosto de 2008

36 anos, brother!

Domingo, foi aniversário do meu irmão. 36 !!! Ele é o predileto da minha mãe. Já cuidei muito dele, também. Lembro que a gente ia para a escola a pé, uns 8 quarteirões. Sempre atravessava a rua de mãos dadas com ele. Depois de um tempo, ficou meio que mico. Para ele. Mas, continuava segurando na minha mão. Obedecia. No recreio, às vezes, a gente se encontrava. Apartei briga dele com vizinho no prédio. Ouvi inúmeras histórias sobre as incontáveis coleções que ele inventava de ter: chaveiro, selo, moeda, etc. Cada nova peça adquirida, tinha uma explicação... Haja paciência... Sem contar aquela vez que cheguei em casa e não havia ninguém. Achei estranho. Minutos depois, a vizinha toca a campainha:

-Oi, Kátia. Seus pais foram para o hospital com o seu irmão. Está tudo bem.
-Como assim ? O que aconteceu ?
-Parece que ele engoliu uma agulha ...
-Ahn ? Você quis dizer que a minha irmã engoliu uma agulha, né ? Ela vive pondo coisa na boca. Criança é fogo...
-Não, não. Sua irmã está lá em casa. Sua mãe não quis levá-la para o hospital. Foi seu irmão. Ele estava brincando com uma seringa. Parece que pôs na boca e ...

Até hoje, essa história parece inventada... Por pouco, não teve o pulmão perfurado... Na divisão dos deditos (biscoito coberto de chocolate), que a gente amava, eu sempre dava um jeito de ficar com uns a mais. Confesso. Ele era bobinho... Ovo de páscoa, também. Cada um guardava o seu na geladeira. Vira e mexe eu pegava um pedaço do dele. Irmã mais velha. Tem que servir para alguma coisa, né ? Ele ficava louco quando eu mandava ele dormir na cama, caso eu percebesse que ele estava cochilando no sofá. Dizia que estava pensando... Eu adorava irritá-lo. Fazer ele quase chegar às lagrimas. Aí eu dizia que ele não precisava chorar. E ele gritava, bem alto, que não estava chorando... E as lágrimas escorrendo ...Tempos bons... Depois ele cresceu, e eu não conseguia mais enganá-lo... Ficou mais alto e mais forte. Dancei!

3 comentários:

Anônimo quarta-feira, 27 agosto, 2008  

Ká,

Há controvérsias neestas versões sobre nossa infância, mas gostei de ser destaque do seu post...Mas lendo assim me senti meio enganado na infância...Acho que vou desenvolver um modelo matemático, apoiado numa estimativa de quantos deditos você me privou em nossa infância e te processar..A parte do roubo de ovo de páscoa eu não sabia: cobrarei com juros e correções....Mas tem o lado engraçado de ser o caçula (por 11 anos)...Arranquei um dente mole seu com um chute "sem querer", aparecia com umas rãs para ver você gritando, aprimorei meu gosto pelas ciências naturais procurando insetos como baratas e grilos para te passar medo (isso era ótimo), te vencia sempre no Atari (Superfrog, River raid e Pitfall)...Mas o bom mesmo era saber que podia contar contigo!!Te adoro!!

Anônimo quarta-feira, 27 agosto, 2008  

Ah, esqueci: a agulha era para injetar clorofórmio e anestesiar insetos (que na época eu tb. colecionava)...Foi um acidente em prol da ciência!! Quanto ao atravessar a rua de mãos dadas era um super mico mesmo!! As brigas com vizinho você separou porque o porteiro era dedo-duro...Se você não chega eu ia quebrar a mão do Valmorzinho com um golpe de rosto!! E das outras vezes você aparecia para proteger os vizinhos, porque eu era fogo!!

Anônimo quinta-feira, 28 agosto, 2008  

eu gosto muito dessas lembranças

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