terça-feira, 26 de agosto de 2008

Laços de Família - Parte 1

No domingo, teve churrasco na casa do meu irmão, há cerca de uma hora de São Paulo. Comemoração do seu aniversário. Minha vó, minha tia e meu tio também foram. Além, da minha mãe, minha irmã, marido e meninas. Parte da família reunida. Fazia tempão que não acontecia. Aproveitamos para dar uma revisitada no passado. Adoro !
-Tia, confessa aí, você sempre preferiu os outros sobrinhos (filhos da outra irmã do meu pai), né? ?
-Que absurdo ! Sempre cuidei tão bem de vocês ...
-Tia, não tem problema você admitir. Já somos adultos. Aguentamos o tranco. Depois, já passou mesmo.
-Mentira!
-Tia, você era mais próxima deles. A gente morou muito tempo em Recife. Faz sentido. No hard feelings..

-Não é verdade. Talvez com a sua irmã mais nova, tenha sido mais ausente. Mas, com você e seu irmão, não !!
-Tia, você saia com a minha prima nas baladinhas. Ela conhecia suas amigas. Vocês eram mais cúmplices...
-É. Talvez ... Mas, sempre estive presente na vida de vocês...
-Sim, tia. Não estou falando isso. Só estou dizendo que esteve mais com eles do que conosco...
E assim foi o revival do passado. Cabe, aqui, fazer um parênteses. De fato, eu e meu irmão sempre achamos isso. Que minha tia era mais chegada nos sobrinhos do lado de lá, com os quais, aliás, nos damos bem. Mas, eu, particularmente, tenho pouca afinidade. Não basta nascer parente. Tem que criar os laços. Houve falha da minha parte aí. Gosto de todos eles. Mas, afinidade, cumplicidade, não há. Eu não telefono para saber como estão. Nem para contar como foi meu final de semana. Não existe esse elo. Nem creio que existirá mais. Eles, por sua vez, também não o fazem. Então, ficamos nesse ciclo. Quando nos encontramos, rola uma conversinha, risadas, etc. Mas, fica no encontro. Não evolui. Portanto, não sei avaliar se o problema foi ter morado fora de São Paulo, dos 8 aos 14 anos. Fase crítica. Pode ser. Mas, há a possibilidade, também, de isso não ter feito diferença nenhuma. Seria desse jeito de qualquer maneira. Who knows ? Estilos diferentes de vida. Eu sempre muito quieta. Avessa a badalações. Beirando a nerd. Minha prima, somente dois anos mais velha, muuuito mais baladeira do que eu, mais solta na vida, mais expansiva. Sei lá. E há de se dizer que eu sempre fui muito crica, meio antisocial, pedante, talvez. Mil coisas. Só fazendo análise. E olhe lá! Coitado do analista! O fato é que, ao nos reunirmos, tudo corre bem. Então, bola para frente. Sem crises!

2 comentários:

Anônimo quarta-feira, 27 agosto, 2008  

É isso mesmo! Eu entendo e aceito o que o lado de cá sente.
Mas eu não sinto que estive mais com o lado de lá do que com o de cá. Pois no meu coração tenho um grande amor por todos vcs, sabe aquele papo da qualidade então não importa a qtidade!?
Jeitos, relações, cumplicidades como vc relata, sim vcs são diferentes, portanto tb sou diferente com cada um de vocês.
É bom que seja assim, diferente. Eu experimento com vcs diversas das minhas capacidades ou incapacidades, eu gosto de ser tia de vocês. Tenho diversos orgulhos em relação a cada um de vocês. Muito lindos.
Você está certa, diferentes é isso!
bjs

Anônimo quarta-feira, 27 agosto, 2008  

É tia!! Não sou muito de concordar com a autora do blog, mas estivemos à margem da sociedade familiar do Clã Oliveira de "Seu Elias" e "D. Maria"...Mas tudo bem!! Sobrevivemos...Eu particularmente sempre me dei bem com a galera: só tive menos tempo do que queria para jogar bola e futebol de botão com meu primo mais velho, e menos tempo ainda para espiar minha prima se trocando e dar uns cascudos no primo mais novo...De resto superei e acho bem legal ver um nova priminha no clã!! Se bem que como a história provavelmente se repetirá, fará que com meus 3 pequeninos sejam também renegados por vocês!! Fazer o que?!!

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