segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Homens…

Homens, em geral, têm tara por carros superpoderosos, mulheres esculturais, celulares último tipo, tecnologia high–top-top. Meu marido, no entanto, já tendo a mulher escultural ao seu lado (para que não restem dúvidas, estou falando da minha própria pessoa), tem adoração por televisão. Quanto maior, melhor. Eu tento argumentar que não fica bem uma TV maior do que a sala, que talvez fosse melhor nós nos mudarmos, primeiro, para um apartamento maior, para, depois, comprarmos uma big TV. Meus argumentos nunca são aceitos. Quando casamos, tinhamos uma TV 29 polegadas. Isso há 17 anos. Depois, trocamos por uma 37 polegadas. Há algum tempo atrás, veio uma de 40 polegadas. E, agora, ele quer uma maior ainda.

 


- ‘Amor, se você comprar essa TV, temos que colocar o sofá lá no nosso quarto…’ 
-‘ Nossa, Ká, que idéia ideia boa. Porque não eliminamos o sofá e já assistimos direto da cama ? Humm, desse jeito, talvez dê para comprar uma TV maior ainda, né?’


Quanto mais eu falo, pior fica!

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Wish List

Eis que minha irmã, competente como é, conseguiu enganar os gringos lá do consulado e eles estão achando que ela vai só passear lá nos estrangeiros. Nem desconfiam que ela vai virar imigrante ilegal (bricadeirinha, ela está indo fazer um curso pela empresa). Com o visto na mão, vamos ao que interessa: wish list. Irmã querida, segue a listinha do que você vai trazer para mim. Conforme eu for me lembrando de mais itens, vou acrescentando, tá ?


- Maquiagem Mac, Lancome


- Perfumes Paris (YSL), Poison (Dior), Samsara (Guerlain), Daisy (Marc Jacobs)
- Bolsas Louis Vuitton, Prada, Guess
- Óculos de Sol Rayban, Gucci


Só acrescentando que os itens da lista devem ser lidos com E, ao invés de OU. Quaisquer problemas/dúvidas com lógica, favor perguntar. Eu não preciso nem falar que, obviamente, tudo será dado como presente, né ?

De vez em quando

Às vezes, as pessoas olham para mim e perguntam :


- Você cortou o cabelo ? Ficou bom.


- Não, não cortei.


- Nossa, parece tão mais curto!


Dai que eu não quero explicar para a pessoa que o meu cabelo, por vezes, passa por uma transformação puxa-estica, comumente conhecida como escova. Então, se a pessoa  me viu em um dia com o cabelo escovado e, em seguida com o cabelo ruim natural, acha que eu cortei, captaram ? Cabelo escovado=cabelo mais comprido / cabelo ruim natural=cabelo mais curto. E então, diante de todo esse drama, eu decidi que, quando me perguntarem se o meu cabelo foi cortado, eu vou dizer “sim, que bom que você notou!”, de maneira a evitar mal estar de ambas as partes. Só para avisar aos leitores do meu blog, que assim como vocês não perguntam (espero!) para uma mulher barrigudinha se ela está grávida, por favor, não perguntem sobre o meu cabelo. Combinado ? Agradecida!

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Simples assim

Hoje eu e minha irmã tomamos um capuccino delícia e fomos buscar as meninas na escola. Elas ficaram super felizes. Na sequência, paramos em uma casa árabe, bem pertinho. Ficamos por ali, fazendo hora, enquanto as meninas comiam e esperávamos meu marido vir do aeroporto, onde voltava do Rio. Quando ele chegou, comemos, rimos, tomamos sorvete e fomos embora. No carro, nos fartamos de chocolate. Uma vez em casa, eu e minha irmã começamos a montar nossa ‘wish list’ de comprinhas para ela trazer ‘dos estrangeiros’, onde vai fazer um curso. E, para completar, meu irmão ligou, só para dizer Oi. Coisas simples, sentimentos também: alegria, satisfação, amor. Por que a gente insiste em complicar ?

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Parafraseando

“(…) Ouvi o Djavan afirmando a mesma coisa que o Chico já disse várias vezes:


‘Minhas músicas não têm nada a ver com a minha vida, não procurem semelhanças, elas não têm nada de autobiográfico’. As minhas, bem ao contrário, são todas autobiográficas. Até as que não são, são.” (Caetano)



Parafraseando: Meus posts são todos autobiográficos. Até os que não são, são.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Melancólica

A escolinha, onde minha irmã estudou do maternal ao jardim, virou um prédio, ainda em construção. A lojinha de discos, onde eu costumava comprar meus LPs e, mais tarde, CDs, já não existe mais. A casa de esfihas, daquelas bem tradicionais, não os fast-food atuais, também fechou. Ali, eu e meu irmão, almoçávamos/jantávamos, às vezes, nos finais de semana. No lugar da escolinha de natação, na qual minha irmã, quase bebê, se recusou a ter aulas, existe um colégio. Hoje precisei ir na faculdade onde me formei, a uma quadra do apartamento onde morei, dos 13 aos 24 anos, quando casei. Embora não houvesse necessidade, fiz questão de passar na rua do ‘nosso’ prédio. Um flashback instantâneo aconteceu: minha irmã nasceu ali, meu primeiro namorado foi de lá, meu aniversário de quinze anos, a primeira chave de casa, meu irmão engolindo a agulha, vários reveillons comemorados com toda a família, minhas primeiras ‘baladas’, a cara pintada ao passar no vestibular, meu irmão no exército, meu futuro marido sendo ‘entrevistado-massacrado’ pelo meu pai, minhas primeiras madrugadas em claro estudando para a faculdade, chuva de arroz, almoço de casamento, primeira comunhão da minha irmã … Lembranças de anos passaram em segundos. Senti uma certa melancolia. Imediatamente lembrei de uma música do Caetano, da época em que ele estava exilado em Londres: A little more blue. O dia cinza de hoje também deve ter contribuído para essa minha sensação.

E esse estado melancólico me levou ao meu pai. Após sua morte, eu ligava para o telefone da casa dele, só para ouvir sua voz, gravada na secretária eletrônica. Eu fazia isso consciente do quão inconsequente era esse meu ato. Mas, eu não queria esquecer o timbre e a entonação de sua voz. Fiz isso por um curto espaço de tempo. E agora, que não tenho mais a gravação para recorrer, não estou bem certa de lembrar exatamente como era o som de sua voz. "But today, but today, but today, i don't know why, I feel a little more blue than then (C.V.)"

Se meu pai fosse vivo, creio que ele seria um leitor assíduo e um eloquente comentarista deste meu blog. Mas, pode ser só impressão.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Gêmeas

Ambas estudam no mesmo colégio, em classes separadas. Ambas tinham que apresentar um trabalho de matemática (frações) para a classe, em dias diferentes. Uma, na quarta, a outra na quinta. Aquela cuja apresentação seria na quarta, começou os preparativos na segunda. Planejou a aula, fez folhas, esquematizou um sorteio e fez ensaios exaustivos de sua aula até o dia da exposição, quando foi para a escola meio insegura, temendo dar ‘um branco’. A outra, cuja apresentação seria na quinta, começou os preparativos na própria quinta. Planejou a aula, fez folhas, esquematizou um sorteio e fez alguns ensaios de sua aula somente no dia da apresentação. E foi para a escola totalmente segura, crente que ia se dar bem. Essas são minhas filhas gêmeas. Mais diferentes, impossível.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Perdida

E agora, vão-se meus brincos. As meninas já começaram a se interessar por eles. A cada dia, posso notar, com um pesar no coração, devo confessar, que as minhas meninas estão se tornando mocinhas, a um passo de se transformarem em mulheres. Já não posso comprar roupas para elas, sem que estejam comigo, na certeza de ter que voltar à loja para trocar as peças. O que eu acho bonitinho, elas já acham meio careta. Aquela blusa tão delicada, vira blusa ‘sem-noção-mãe!’. O vestido rodado, mico total. Enquanto elas começam a descobrir seus jeitos, suas vontades, suas preferências, eu me acho meio perdida. Tenho que aprender a encontrá-las nessa nova fase. Antes eu controlava, agora sou guiada. As músicas, os acessórios, as lojas, as roupas, os sapatos. Para tudo, elas já têm certeza do que querem. Por enquanto. Daqui a dias, o que era certo hoje, já vira tão ‘last season’. É interessante notar o crescimento delas, mas não deixo de me sentir apreensiva. De ter que deixá-las sair de baixo da minha asa protetora. Tenho total consciência de que esse é o curso natural. Mas, eu me sinto como aquelas mães que, ao deixar o filho pela primeira vez na escola, chora.

sábado, 12 de setembro de 2009

9 anos

 

Parabéns, Gabriel !


gabriel_9anos


UPDATE:


Parabens1 kdk_0632 

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sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Set-List

Continuando a vibe mamãe-você-está-totalmente-por-fora-da-hit-parade, as meninas fizeram uma set-list para que eu gravasse um CD para elas. Eu não perguntei aonde elas pretendem ouvir. Sofrer antes da hora ? Melhor não ...

set_list2

E ai eu me lembrei do tempo em que eu passava hooooras gravando minhas fitas (sim, falo de um tempo em que não existiam pendrives, mp3, Cds, internet, luz elétrica, etc.). Eu a-d-o-r-a-v-a ! Nós tínhamos um aparelho de som bem legal, com receiver, toca-discos e tape-deck. E, para não atrapalhar o som ambiente da casa, eu tinha um fone de ouvido enorme, ganho do meu pai, porque ele não fone_ouvido2 queria frustar meus planos de DJ, mas, também, não queria ter que ficar ouvindo às minhas músicas. A ação era totalmente planejada. Eu já deixava as teclas de gravação pressionadas (REC+PLAY ?), juntamente com a tecla PAUSE. Aí, eu ficava ouvindo rádio e, quando começava a tocar uma música que eu queria, rapidamente eu ‘soltava’ a tecla PAUSE e começava a gravar. Ficava a tarde inteira fazendo isso. Eu só praguejava quando, no meio da música, o locutor resolvia falar alguma coisa ! Às vezes, eu gravava as músicas dos meus LPs, também. Formei, com isso, coleções de fitas com set-lists diversos, todas devidamente etiquetadas, que eu ouvia no carro dos meus pais ou no meu super walkman. E tudo caminhava bem, eu e minhas fitas, até que a minha irmã descobriu como era divertido puxar ‘aquela’ fitinha marrom. Ou seja, destruía tudo ! E eu reclamava para a minha mãe, que respondia que a menina era pequena, que não entendia…Sei ! Para mim, ela só fazia aquilo porque entendia muuuito bem.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Já ?

Eu sempre tive a autonomia de, enquanto pessoa-motorista-do-meu-próprio- carro, ouvir MPB, meu estilo preferido, tanto no rádio quanto nos meus CDs. Agora, no entanto, tenho ouvido uma rádio rock da vida, 89 ponto qq coisa, atendendo a pedidos das meninas. Sei lá, estava preparada para que esse tipo de solicitação fosse ocorrer daqui a alguns anos. Já ??? Help !!! Se bem que, podia ser um pouco pior: ‘Mãe, qual tatuagem você prefere que eu faça?’ ou ‘Coloco o piercing no umbigo ou no nariz? Tô com uma dúvida !’.  Para esse tipo de pedido, eu, definitivamente, ainda não estou preparada…

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