segunda-feira, 13 de abril de 2009

Desligado ? Eu ?

Não posso deixar de constatar: meu marido é muuuuuito desligado. Estou para conhecer alguém tããão aéreo quanto ele. Quem o conhece, sabe que não estou exagerando. Agora há pouco, ele chega aqui em casa, todo esbaforido (para variar, havia esquecido o celular aqui em casa, desde de manhã):
-'Rápido, um telefone!'
-'Gente, que acontece ? Não fala mais nem oi ?'
-'Eu trouxe o carro errado...'
-'Como ?'
-'Peguei um carro no estacionamento que não é o meu! Vim com o carro de outra pessoa! Veja aqui se tem o telefone do estacionamento...'
No boleto do estacionamento, lááá do centro da cidade, não tinha o telefone. Corri para o computador e procurei na internet. Por sorte, achei. Ele ligou, explicou a situação e descobriu que o dono ainda não havia chegado para buscar o carro. Foi para lá correndo para destrocar os carros. Não voltou ainda.
-'Mas, você não percebeu nada de diferente ? Nem as músicas do rádio ?'
-'Não, Kátia. Mesma cor, mesmo modelo. Notei umas músicas diferentes ... Mas achei que você tivesse trocado os cds e nem dei importância...'
-'E como você chegou à conclusão de que o carro não era o seu ?'
-'Quando cheguei aqui, o cara do estacionamento perguntou se eu ia sair cedo. Disse que não ia sair muito cedo, não. E aí ele me avisou que amanhã era o rodízio. Eu respondi que não. Que o rodízio do meu carro era hoje. O cara insistiu. Aí que eu fui ver a placa do carro e só então percebi ...'
Imagina se as placas tivessem o mesmo final... Imagina se o cara do estacionamento não falasse do rodízio ? Amanhã ia ter que visitar marido na prisão...

sexta-feira, 10 de abril de 2009

Olfato

Já comi mais chocolate do que deveria. Ontem, para piorar, ganhei um ovo de páscoa d-e-l-i-c-i-o-s-o do maridão. Daqueles ovos bons, sabe ? Hum... Comi um monte. Somado ao inchaço provocado pelos remédios que estou tomando, já devo estar com uns cinco quilos a mais ... Who cares ? EU. Mas, como resistir ? Vivo com esse sentimento de amor e ódio ao chocolate .....

Então, hoje não se come carne. Nem frango. Mas, eu não como peixe. And so ? As lembranças que me vêm, quando penso na sexta-feira santa, são aquele cheiro insuportável pela casa, eu me sentando o mais longe possível do meu pai, da minha mãe e da travessa de bacalhau à mesa. Comendo meu purê de batata e ovo frito ou macarrão com molho branco. Lembro, também de me recusar a lavar a louça, visto que tudo estaria impregnado de bacalhau. Argumento aceito pela minha mãe, coitada.

Ontem meu marido comprou, adivinhem ? Bacalhau. E camarão. Para minha mãe fazer. Como ele ficou com preguiça de levar ontem à noite para a casa dela, teve que ficar ‘dessalgando’ o dito cujo. Mandei ele colocar o bicho lá no tanque e resolver isso sozinho. Nada de cheiro na minha cozinha. E assim maridinho fez.

Agora, estamos indo para a casa da minha mãe. Levando as compras. Mais uma sexta-feira ao aroma de bacalhau! Que sábado chegue logo !

Saga

Ontem, fui a dois médicos. De manhã,voltei ao hematologista, já com meu Hb=12.2. E ele me deu parabéns ! Só faltou o pirulito. Achei tão engraçado... Como se eu tivesse me comportado muito bem. Mas, o fato é que eu não fiz nada, pelo menos, de caso pensado, para que as hemoglobinas sumissem. Assim, como, também, não fiz nada, para que elas voltassem. Quer dizer, tomei uns remédios que me foram prescritos e pronto. O milagre se fez. Então, parabéns ao médico, à medicina, às empresas farmacêuticas que resolveram o problema de como trazer as hemoglobinas de volta a um organismo. Ele me disse que devo continuar a tomar meus comprimidos de ferro e voltar daqui a um mês. Então, tá.

Continuando minha saga, à tarde, fui a um outro ginecologista. Pedir uma segunda opinião. Diagnóstico: retirada do útero. OK. Argumento aceito. Rumo à operação. Agora, cabe a mim marcar o dia, escolher o médico e vamo-que-vamo.

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Nuances

Outro dia uma amiga perguntou se eu não queria tentar fazer uma operação espiritual. Do mioma. Ela me acompanharia ao centro espírita. O máximo que poderia acontecer seria não acontecer nada. Ficar tudo na mesma. Alguém de lá faria alguma reza, me benzeria e eu iria para casa. E as coisas se resolveriam por si só. O mioma sumiria, talvez. Foi isso que aconteceu com uma pessoa que nós duas conhecemos. ‘Mas, eu não sou espírita, não acredito nisso’, argumentei. E ela me respondeu: ‘ Não precisa ser.’ E eu fiquei pensando nisso. Na minha não espiritualidade. No meu medo de ir e, de repente, o mioma sumir. Como lidar com isso depois ? Como explicar ?

Eu sou muito cética. Tenho que ver para crer, sabe como ? Só preto ou branco ? Com dificuldades de enxergar os gris, as nuances de cinzas ? Sempre fui assim e, conforme o tempo vai passando, percebo que não levo nenhuma vantagem nisso...

Lembro que, certa vez, desci com as meninas para brincar. Elas eram bem pequenas. Deviam ter uns 2 anos. Fomos para a quadra, local em que elas estavam acostumadas a brincar.Neste dia, no entanto, uma delas não quis entrar de jeito nenhum na quadra. Começou a chorar e eu insistindo e o berreiro aumentando. Bom, desisti, tamanho o escândalo. Comentei com uma amiga o que tinha acontecido. E ela me explicou que acreditava que as crianças vêem coisas que nós não vemos. Eu, racionalmente,não consigo vislumbrar isso. Mas, para a cena que eu havia presenciado na quadra, parecia fazer sentido. Mesmo porque, no dia seguinte ela brincou na quadra normalmente...

De outra vez, fazia alguns dias que meu pai havia falecido. Sonhei com ele. Um sonho tão bom! Ele vinha se despedir e dizer que estava bem. E me deu um beijo. E eu acordei. Demorou para eu perceber que tinha sido um sonho, tamanha a sensação boa que me tomava. Era como se ele estivesse estado ali, do lado da minha cama e tivesse, de fato, me beijado. Eu, racionalmente, não creio que isso seja possível. Mas,no entanto, queria me permitir acreditar. O sentimento bom daquela despedida permaneceu. Por muito tempo.

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