sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Halloween


Hoje é Halloween. Alguns implicam com a comemoração dessa data aqui no Brasil. Eu acho que não tem nada a ver. É só mais uma brincadeira light entre as crianças. Elas gostam e se divertem. Que mal há nisso ? Algumas escolas, ao invés de comemorarem o Dia das Bruxas, comemoram o Dia do Folclore, para 'abrasileirar'. Acho interessante também. As meninas foram fantasiadas de bruxas para a escola e voltaram cheias de doces e brindezinhos. Adoraram. Mais tarde, elas e mais sete crianças do prédio foram de apartamento em apartamento para dizer : 'Doces ou Travessuras ?' Não precisa falar que vieram abarrotadas de guloseimas. Todas felizes. Na semana passada, elas e uma amiguinha do prédio redigiram um pequeno texto e colaram nos elevadores, lembrando aos moradores do dia de hoje. Funcionou! Lots of candies!

Braço Quebrado


Gente, o Mateus, meu afilhadinho, 5 anos, quebrou o braço ! Jogando futebol ! Seguindo o caminho do pai, meu irmão, que quebrou, luxou e se esturricou várias vezes na infância. Não se vai contra a genética, né ? E eu me sinto tão out, sem nunca ter quebrado nada...

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Cadê?

Outro dia, o maridão me disse que havia recebido um convite de casamento, de alguém do escritório.

-Que legal! Quem ?
-Então, estou tentando lembrar ...
-Mas, você não recebeu o convite hoje ?
-Recebi. Acho que foi hoje... Terá sido o João ? É isso. O filho do João!
-O filho ? Mas, ele já não é casado ?
-É ? Será da filha ? Ai, Ká, não sei. Deixa eu achar o convite.

Dias depois:

-Ká, achei o convite. É do filho do João mesmo. Viu, que eu não estou tão mal assim ?
-É. Quando vai ser ? Tem lista de presentes ?
-Dia 06/Dez...
-Tá. Traz o convite, então, para eu ver os outros detalhes...

Alguns dias depois, ele me aparece com um convite em casa. Envelope azul claro. Achei meio diferente. Abri. Devolvi.

- Esse convite é de um evento beneficiente. Pra semana passada.
- Sério ? Só achei esse aí. Vou procurar de novo.

Até hoje, ele não trouxe o convite. Não. Ele não esqueceu. Perdeu. O convite evaporou na sala dele. Agora, eu só sei que o filho do João vai casar no dia 06/Dez em alguma igreja da cidade de São Paulo. Ou não. Pode ser que o casamento seja realizado no próprio buffet, né ? Posso até comprar um presente, mesmo sem saber se há lista de presentes. Mas, mandar entregar aonde ? Não sei o endereço... Também não sei o horário. Se fosse lá na cidade do meu marido, bastava eu perguntar para qualquer morador, e eu teria todas as respostas. Já, aqui... Super saia justa. Sugeri que o meu marido tirasse xerox de algum convite de outro colega do trabalho. Não deixa de ser chato, né ? Mas é melhor do que pedir uma segunda via para o pai do noivo, concordam ?
Já meu marido, super prático, sugere que a gente não vá. Pronto. Resolvido o caso do convite desaparecido.
UPDATE: O que um post não faz ... Depois do maridão reclamar que eu fico contando as histórias (urru, ele leu o meu blog sem ser obrigado !!!!) dele por aqui, encontrou o convite, meio que por acaso, mas encontrou !

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

HSM3

Você tem filhos entre 8 e 15 anos ? Não ? Então esse post não é para você. Aposto que nunca ouviu falar do Troy, da Gabriella e da Sharpey. Pois é. São os astros do High School Musical, fenômeno da Disney. Hoje estreou o terceiro filme da série. Fui comprar os ingressos às 14 horas, sem as meninas, e quase não consegui. A sessão das 16 h estava praticamente lotada. Perguntei da próxima e a moça me disse que estava pior. Fiquei com a das 16 h, mesmo os lugares não sendo os melhores (neste cinema, o Kinoplex, podemos escolher as cadeiras, que são numeradas). Elas excitadíssimas, quase não aguentando esperar. Quando chegamos, cinema lotadéeeeesimo. Galera animadéeeeesima. Quando finalmente começou, aplausos e gritinhos. E o filme é bonitinho. Já havia assitido o 1 e o 2. Elas têm os DVDs, CDs, álbum de figurinhas, quebra-cabeça, jogo, etc. E esse achei melhor que o anterior. As meninas nem piscavam. Terminado o filme, mais aplausos. E elas me perguntaram se podiam assistir de novo... Falei que o papai iria com elas, então. Estão esperando. Já perguntaram do CD. E estão aguardando o lançamento do DVD (hello, tios e tias leitores!). Estão na fase. Acho engraçadinho. Ainda mais que elas permitem que eu vá com elas ao cinema. Mais um tempinho, sou carta fora do baralho... Melhor curtir com elas enquanto posso !

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

9 de Outubro

2005. Domingão ensolarado. Íamos a uma festa de aniversário no final da tarde. As meninas desceram para brincar um pouquinho. Dali a pouco, ouço o choro de uma delas. Pensei: 'Xi, caiu naquelas pedrinhas do chão.' Resolvi descer para ver quem havia ralado o joelho. Estava já na porta, toca o interfone. Eu atendi e já fui falando: 'Estou descendo'. Desliguei. Não cheguei a ouvir o que o porteiro tinha para dizer. No térreo, a Sabrina estava me esperando na porta do elevador:

-'Mãe, a Camila foi atropelada!!!!', ela me disse

Eu saí correndo. Ela estava na casa do zelador, sentada, bebendo água e chorando. Olhei para ela, não vi sangue, nada. Fiquei tão aliviada! Dei um abraço nela e passei a mão na perna dela:

-‘Cami, não foi nada. Foi só um susto’, eu falei

Aí, alguém me disse para olhar atrás da perna. Se fosse um filme, tinha entrado um comercial. Mas, infelizmente, era real. E com a minha filha. No nosso prédio.

Olhei e vi que era sério. Peguei-a no colo e subi para o apartamento:

-‘A Camila foi atropelada! Vamos para o hospital’, gritei para o meu marido, que assistia televisão.

Fomos correndo. Limparam os ferimentos, fizeram radiografia. Fratura na tíbia constatada, ficamos esperando pelo ortopedista. A Camila parecia mais calma. Eu, não.

Um aperto no coração. E eu ficava pensando o porquê de eu ter resolvido trocar a roupa que ela estava usando antes de descer. Talvez se eu tivesse deixado ela com a calça comprida, a meia e o tênis... Mas, estava muito quente e eu perguntei se ela queria pôr um shorts e uma sandália. Ela disse que sim. Coloquei um conjuntinho bonitinho, de saia e blusa, além da sandália. Talvez a calça e o tênis tivessem protegido a perna e o pé... Talvez, não... Nunca vou saber. Mas o remorso continua.

E se eu não tivesse deixado elas descerem ? Tínhamos um aniversário naquela tarde. Mas, eu deixei. E se ela não tivesse ido na casa da amiguinha ? Mas, ela foi. E se o carro não estivesse correndo acima do permitido ? Mas, estava.

Meus pensamentos são interrompidos pelo ortopedista. Ele disse que, como a perna tinha inchado muito, não daria para colocar o gesso. Iriam colocar uma tala e a Camila ficaria internada para acompanhamento. E ficamos. Por uma semana. Até o gesso poder ser colocado.

E a Camila surpreendeu. Sofreu muito. Porque, além da fratura, havia um ferimento grande, profundo (pensaram até que ia ser necessário enxerto...). E toda vez que tinha que limpar esse machucado, era uma tortura. Mas, ela, apesar de toda a dor, de todo o medo, foi uma guerreira. Aprendeu a lidar com a cadeira de rodas, a tomar banho de gato, a ir nas festinhas e não poder correr. Suportou a frustração de ter que adiar a retirada do gesso. Já sem ele, foi, inúmeras vezes, à praia, de biquini e meião, até o joelho, para proteger o ferimento, que não podia pegar sol para não manchar a pele. As pessoas olhavam, comentavam, chegavam a vir nos perguntar o motivo de tal 'vestimenta'. E ela, nem aí. Além de tudo isso, nunca demonstrou nenhum rancor em relação ao vizinho que a atroplelou.

No entanto, o trauma ficou (e não podia ser diferente), pois ela, lembra, todos os anos, da data do acidente. E hoje, faz três anos. E, se, em 2005, só havia lamentos, atualmente, só há agradecimentos. Porque há tantos 'ses': E se não tivesse sido a perna e sim a cabeça ou o peito ? E se fosse dia de semana e nós não estivéssemos em casa ? E se nós não tivéssemos como ir para um bom hospital ? E se nós não tivéssemos condições de pagar os honorários médicos ? E se nós não tivéssemos amigos ? E se não pudéssemos contar com a família ?

Por tudo isso, somos, hoje, só agradecimentos. Por termos uma filha tão especial, por termos tantos amigos, que sem nem percebermos como, já estavam do nosso lado, de termos uma família que sempre nos apóia e nos dá suporte ...







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